Salvador

280 DETENTOS mantém rebelião no Presidio de Juazeiro com 8 reféns

Alguns funcionários do presídio, que deixaram o turno neste final de tarde, estão apreensivos quanto ao desenrolar dos acontecimentos
Geraldo José , Juazeiro | 19/11/2012 às 21:17
PM ocupa áreas do presidio e situação é tensa
Foto: Blog Geraldo José
De acordo com informações colhidas agora à pouco (18h) pelo Blog do Geraldo José, o número de detentos ameaçados de morte pelos amotinados aumentou de 3 para pelo menos 8. Enrolados em colchões e ameaçados de serem mortos em caso de invasão do local, esses presos estariam sendo torturados e feridos com golpes de “chunchos”, arma de fabricação interna feita com pedaços de vergalhão.

Alguns funcionários do presídio, que deixaram o turno neste final de tarde, estão apreensivos quanto ao desenrolar dos acontecimentos e receosos de voltar ao trabalho amanhã. De acordo com as informações a “ala B” continua dominada pelos amotinados que por diversas vezes já tentaram ocupar outras áreas. Segundo informações colhidas pelo Blog uma equipe de negociadores enviadas pela Secretária de Administração Penitenciária e Ressocializaçãoda Bahia, além de representantes do judiciário, já estaria no local tentando uma saída pacífica para o impasse.

Até a publicação desta matéria as informações passadas pela Polícia Militar eram de que a situação, no que diz respeito a fuga ou invasão de outras áreas internas, estaria sobre controle.

NOTA DA SAEP
Em virtude dos acontecimentos, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) informa que por volta das 8h da manhã de hoje (19), durante a abertura da unidade, os internos da Ala B do Conjunto Penal de Juazeiro, deram início a uma rebelião que se mantém até o momento. Cerca de 280 internos estão envolvidos no montim, onde 08 são utilizados como reféns. 
 
Uma equipe da Seap, coordenada pelo diretor de Segurança Priosinal, Major Júlio César, já se encontra no local com o intuito de resolver a crise, assim como o juiz da Vara de Execuções Penais, Roberto Paranhas Nascimento; o promotor de justiça, Alexandre Lamas da Costa; o Cel. Lira Júnior; o Capitão Virole da PM; e o Sargento Andrade.