Uma viração do mar provocada por uma frente fria que vem do Conde Sul, surpreendente porque pela manhã o mar estava calmo, pegou alguns pescadores das colônias do Rio de Vermelho - a da Casa de Iemanjá e a da Mariquita - locais com muitas pedras, e quase provoca uma tragédia com oito pescadores. Uma das embarcações (Deus Proverá) ficou destruida perderam-se os mantimentos e o motor, a pescaria e tudo mais, e os pescadores sá não morreram devido a solidariedade dos colegas.

   Uma guarnição da PM chegou ao local, houve telefonemas para o Corpo de Bombeiros e para o Graer, mas, ninguém apareceu. Os naufrágos duraram mais de duas horas, no turno da tarde, e os pescadores orientaram seus colegas com os acenos de brtaços, cordas, boias e a ajuda de um pescador-mergulhador chamado "Terror", o qual teve a coragem de se lançar ao mar revolto e amarrar a popa do barco "Deus Proverá".

   Ainda assim, na proximidades da entrada do canal, fundo do Mercado do Peixe do Rio Vermelho e proximidades do Pestana Hotel, o barcou "baleou", ou seja, virou e foi arremessado (uma parte) nas pedras e os pescadores se socorreram boiando e se segurando em parte dos barcos.

   O que se ouviu no local foram muitas críticas ao governo do estado (CB e Grser) e a Capitania dos Portos, pois, durante todo esse tempo não apareceu ninguém para dar socorro. 

   Nas proximidades da Casa de Iemanjá a situação foi menos dramática e os pescadores conseguiram chegar a praia com o barco inteiro. Nos dois casos - disseram os mais experientes - as pessoas só não morreram porque se tratava de profissionais da pesca bastante experiente. O BJÁ esteve no local, mas, diante da revolta ninguém que esteve diretamente envolvido no caso quis falar.