Salvador

Caso Noé: Réu é condenado a 12 anos de prisão em Brumado

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| 05/09/2012 às 12:07

Populares acompanharam a leitura da sentença feita pelo juiz Genivaldo Guimarães. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).


Por volta das 19h desta terça-feira (04), o juiz Genivaldo Guimarães decretou a sentença que condenou Welington Leite da Silva a 14 anos de reclusão pelo homicídio de Nóe Galvão. O anúncio foi dado após serem lidas as repostas do júri popular aos sete quesitos do julgamento.

Nos três primeiros quesitos, os jurados responderam afirmativamente, reconhecendo a materialidade, o nexo casual e a autoria do crime. No quarto e quinto quesitos, os jurados responderam negativamente, afastando as teses defensivas. Já ao sexto e sétimo quesitos, os jurados também responderam afirmativamente. "Portanto, aplico o referido dispositivo e reduzo a pena para quatorze anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, tornando-a definitiva, pois inexiste causa de diminuição ou de aumento da pena", proferiu o magistrado.

O promotor Rogério Marinho declarou que após quatro anos e nove meses, a sociedade provou que não está mais contente com acontecimentos desta magnitude. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

Após a leitura da sentença, o promotor Rogério Marinho e o advogado Átila Oliveira, que apresentaram as provas de acusação, declararam que embora o julgamento tenha sido justo, eles ainda irão avaliar se o tempo de pena estabelecido pronunciado pelo juiz foi correto. "Após quatro anos e nove meses, a sociedade de Brumado provou que não está mais contente com acontecimentos dessa magnitude. Condenou o réu com as provas existentes nos autos conforme tudo que foi requerido pelo Ministério Público. A sentença foi justa, mas vou sentar e analisar melhor se o tempo de pena foi justo ou não", declarou o promotor.

O advogado de defesa, Custódio Brito, já afirmou que pretende protocolar um pedido de anulação do julgamento. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

O advogado de defesa Custódio Brito concedeu entrevista ao Brumado Notícias declarando que a sentença respondeu naturalmente àquilo que os jurados responderam. No entanto, Custódio disse que pretende pedir a anulação do julgamento. "Vamos oferecer recurso de apelação e posso adiantar com razões suficientes para que esse julgamento seja nulificado e outro seja realizado", afirmou o advogado. Segundo ele, o pedido de anulação será encaminhado na próxima segunda-feira (10).
 
O advogado declarou ainda que o julgamento fugiu das provas dos autos. "Posso adiantar que foi um julgamento contra as provas dos autos, em que se falou que o fato foi cometido por motivo torpe. Isso é uma excrescência, com o todo o respeito que tenho ao júri. Naturalmente que eu aguardava uma condenação de homicídio simples com a redução pelo privilégio da violenta emoção; o que seria uma condenação justa", completou.

O ex-policial militar, Wellington Leite, saiu do Fórum escoltado pela polícia. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

Não houve tumulto, mas Welington Leite saiu do Fórum escoltado pela polícia. Por enquanto, o réu continuará em liberdade atendendo prazo de recorrência da defesa