Diante das especulações que vêm sendo divulgadas, sobretudo nas redes sociais, a respeito do Projeto Santa Tereza, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (SEDHAM), esclarece:  

1.      A denominação dada a área, bairro Santa Tereza, é provisória, adotada em função da necessidade de se estabelecer uma referência física para o conjunto de áreas contempladas pelo projeto: Largo 2 de Julho, Rua do Sodré, Areal de Baixo, Areal de Cima, Ladeira da Preguiça, Rua da Faísca, Rua Visconde de Mauá, Rua Democrata e  Museu Santa Tereza

2.      A denominação definitiva será dada em momento posterior, quando do início da execução do projeto, através de consulta popular.

3.      Mesmo a adoção de uma denominação definitiva não significará, em hipótese alguma, a perda da identidade cultural dessas áreas, de forma que, por exemplo, o Largo 2 de Julho (que na verdade oficialmente chama-se Praça Inocêncio Galvão) continuará com o mesmo nome. Ou seja, os seus moradores que hoje têm como endereço Largo 2 de Julho, Centro, terão como endereço Largo 2 de Julho, bairro Santa Tereza, caso a consulta popular aprove essa denominação. O mesmo ocorrendo com as demais áreas citadas que, dessa forma, passarão a seguir o padrão de identificação urbana comum a qualquer cidade, que segue a lógica de que uma rua ou praça estão inseridas em algum bairro.

4.      O projeto Santa Tereza, inclusive a questão relacionada com a denominação da área, foi apresentado a dirigentes de associações de moradores dessas localidades, em reunião na Fundação Mário Leal (vinculada á Sedham e que está elaborando o projeto), que compreenderam e aprovaram os seus objetivos e conceitos.

5.      O Santa Tereza é um projeto ainda em elaboração, cujo objetivo é a humanização de uma área de rico valor histórico e cultural para a cidade e que enfrenta um acentuado processo de degradação. O seu conceito não é o mesmo que norteou a importante e inovadora revitalização do Pelourinho. O diferencial é que o Poder Público realizará intervenções pontuais de infraestrutura, paisagismo e acessibilidade, que resultarão em melhor qualidade de vida e estímulo para que os seus moradores invistam na melhoria física dos seus imóveis. Não existe nenhuma intenção em remover a população local

6.      Do ponto de vista da geração de emprego e renda, a prefeitura pretende estimular as vocações naturais do local (hotéis, comércio, bares e restaurantes) e atrair empresas de tecnologia e formação tecnológica, por não precisarem de grandes áreas para serem implantadas. Não se pretende em hipótese alguma retirar o caráter residencial dessas áreas. Pelo contrário, a sua população é um dos principais atrativos do projeto.

7.      A escolha do nome Santa Tereza, como denominação provisória, deve-se a existência na região de um dos mais importantes monumentos históricos de Salvador, o Convento de Santa Teresa, que abriga o Museu de Arte Sacra, com o maior acervo do gênero da América Latina e que simboliza os conceitos primordiais do projeto: a preservação do patrimônio histórico e a sua identidade cultural e humanística.
 
8.      Por fim, a SEDHAM lamenta que a discussão de um projeto importante para a cidade, mas principalmente para os moradores das áreas que por ele serão contempladas, tenha se estabelecido a partir de suposições abstratas e sem qualquer fundamento e não o debate técnico sobre as intervenções que estão sendo propostas.