500 Anos se passaram do nascimento da Princesa Índia deste Brasil, Catarina Paraguaçu, filha de um principal tupinambá, que no ano de 1528, em Saint-Malo na França, recebera seu batismo, tomando o nome cristão de Katherine du Brésil e como esposo o lendário Diogo Álvares Caramuru, formadores da primeira família brasileira, documentada, e construtores da primitiva Igreja de Nossa Senhora da Graça, doada em 1586 por Paraguaçu aos Monges Beneditinos.
Ao dar este título da Mãe de Deus, à imagem do sonho de Paraguaçu encontrada em Boipeba, teria Caramuru se lembrado da milagrosa imagem encontrada por pescadores na praia de Cascais (Portugal), em 1362, à qual denominaram - Nossa Senhora da Graça - pela mercê de ter ela aparecido junto com um lanço de peixes, que eles haviam oferecido à Virgem Maria.
650 Anos se passaram da milagrosa imagem, levada em procissão, de Cascais até Lisboa, para ser confiada à guarda na Igreja de Nossa Senhora da Graça, no bairro da Graça, em Lisboa, Portugal.
Como parte de uma sequencia de comemorações, Dom Emanuel d'Able do Amaral OSB, Arquiabade do Mosteiro de São Bento da Bahia, com a participação da Associação dos Moradores da Graça - Amograça e do Centro Cultural e de Pesquisas do Castelo da Torre presidirá a Missa do dia 24 de junho, às 10 horas, rememorando a homenagem que os Governadores faziam, com o Corpo Municipal da Cidade na visita anual à Igreja da Graça.
Trata-se de uma visita que os Governadores faziam com o Corpo Municipal todos os anos, no dia em que a Igreja celebra o nascimento de São João Batista, em homenagem à memória de Catarina Paraguaçu, representada numa tela em grande tamanho (1.900 x 2.900 mm) século XVIII, de autor desconhecido, na sacristia da Igreja de Nossa Senhora da Graça, Salvador, BA, Brasil.
Graças a este "primitivo" de magna importância para a história da pintura colonial do país conhecemos aspectos das igrejas de Nossa Senhora da Graça (à esquerda) e Nossa Senhora da Vitória (à direita) e preciosas minúcias de indumentárias e transportes na época - quatro seges de duas rodas e uma caleça ou traquitana de quatro rodas, todas com sotas e cocheiros fardados. E na praia dançam os índios em mostras de alegria.
Eng. Christovão de Avila
Presidente do CCPCTorre