Em audiência pública que aconteceu na noite desta sexta-feira(01) o prefeito de Itajuípe, Marcos Dantas reivindicou do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente(IBAMA) a inclusão do município na área de influência direta do Porto Sul.  "A nossa cidade está a uma proximidade de 15 quilômetros de Itabuna e sofrerá os mesmos impactos do município vizinho", afirmou o prefeito itajuipense.

  
Marcos Dantas disse que Itajuípe espera um crescimento populacional com a chegada do porto com consequências sociais e ambientais no município. "Temos um bom nível de qualidade de vida, as pessoas estão buscando e vão buscar Itajuípe para viver", argumentou o prefeito itajuipense.

Distante apenas 15 quilômetros de Itabuna é mais se deslocar de Itabuna para Itajuípe do que se deslocar para alguns bairros dentro da própria cidade. O Prefeito Marcos Dantas acredita que o IBAMA reveja o posicionamento. "Estamos na Bacia do Almada composto por sete municípios que será impactado com o empreendimento", disse.

O prefeito pediu também a construção de um aterro sanitário no município que sofre com a problemática do lixo. "Todos sabem que não temos capacidade econômica para realizar uma obra como essa. O prefeito da cidade que os cursos de capacitação proposto pela Bamin como forma de compensação seja realizada no próprio município e solicitou que seja contemplada também a área administrativa." Não queremos para Itajuípe subempregos".

Defesa da área de influência direta

O ambientalista Alessandro Góes defende a inclusão de toda a área de proteção ambiental da Bacia do Almada na área de influência direta. "A variável sócio econômica foi sub dimensionada, Almadina que é a nascente do rio não foi incluída nem sequer na área de influência indireta", questionou.

 Alessandro que é membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Conselho Gestor da Apa da Lagoa Encantada, reconhece, no entanto que qualquer região gostaria de ter um investimento desse porte, mas garante que vai levar o questionamento ao IBAMA. "Não fomos ouvidos quando foi alterado o local", afirmou.

Pastor de Igreja evangélica José Reis vai além. Ele diz que o investimento é pertinente e ousado, mas quer que os municípios da área da poligonal tenham participação nos lucros.

O professor João Ferreira de Souza acredita na viabilidade do projeto, mas se mostra preocupado com o depois.