Se depender da vontade do pré-candidato Ademar Delgado (PT), o nome do seu vice não será anunciado antes do dia 24, quando festeja nova idade. O postulante a sucessão do companheiro de partido, Luiz Caetano, se desincompatibiliza da pasta de Relações Institucionais, segunda-feira (4/6), 2 dias antes do prazo exigido por lei para secretários quem vão disputar os cargos de prefeito ou vice.
Ademar também disse ao Camaçari Agora, na manhã desta sexta-feira (1/6), que defende pesquisa para ajudar a escolher o vice, lembra que o processo segue uma estratégia e não deve ser apressado. Tem até o final de junho para realizar convenção e montar a chapa, além de acompanhar a definição da oposição que ele chama de "lado de lá".
Confirmada a vontade de Delgado, a lista de pretendentes cai para 5, com a exclusão do atual secretário de Desenvolvimento Urbano, José Cuperetino (PSD), que em entrevista ao Camaçari Agora (Veja reportagem), assegurou que seu prazo é dia 6, próxima quarta-feira. Outro que também pode ser rifado da lista é o vereador Cleber Alves (PRTB). Ademar, que evitou comentar sobre a fala de Alves, durante a sessão de quinta-feira (31/5), na Câmara de Camaçari, alegando não ter ouvido, apenas "informado", não gostou do que foi passado por assessores. Mesmo cauteloso, falou que com esse discurso, (Veja trecho na Frase do Dia) Alves está se "distanciando" e "se excluindo" do processo de escolha do seu parceiro de chapa. Também estão na disputa os vereadores Carmem Siqueira (PSD) e Bispo Jair (PRB), o atual secretário de saúde, ex-vereador Vital Sampaio (PSD), que admite deixar o cargo e esperar a decisão, e o radialista Marco Antonio (PRP).
Sempre com discursos polêmicos, o governista Alves fez críticas ao ex-prefeito Tude (PTN), por defender a candidatura do engenheiro Maurício Bacelar, em detrimento do também oposicionista, vereador Zé de Elísio (PP), segundo ele, 1º lugar nas pesquisas. Durante a sessão, Alves citou números de uma pesquisa, onde o pepista aparece com 27% das intenções de voto, mais que o dobro de Maurício, com 13%. Para Cleber, que fez questão de reafirmar seu apoio a Ademar Delgado, "se a oposição tivesse responsabilidade e projeto de vitória", cumpriria o acordo que assegura a unidade com o melhor posicionado nos levantamentos.
texto: João Leite