Coluna Holofote: Bulhosa, como você começou a se envolver diretamente com o carnaval e fazer parte dos Internacionais?
CH: Carnaval amador em que aspecto?
FB: Você o fazia por emoção. Talvez seja por isso que os carnavalescos mais antigos e que se profissionalizaram como eu, ainda briguem pela instituição Carnaval, pois a gente entende que o carnaval é a grande força de todos nós. Então não adianta eu brigar pelos Internacionais e o Camaleão ou o Me Abraça se preocuparem só com eles, se eles não se preocuparem em ajudar o carnaval e se o carnaval não tivesse forte. Porque assim acaba o carnaval e vai se fazer carnaval lá fora. E a razão do carnaval lá de fora é o carnaval que nós construímos.
Quando digo nós, eu me incluo também porque eu também participei muito da construção junto com o conselho. Antigamente o carnaval era totalmente desorganizado, onde cada um fazia o que queria. O Internacionais, por exemplo, saía onde queria, no horário que queria. Aí você não tinha mídia, e não tinha a iniciativa privada investindo. Então nós sentíamos essa necessidade de construir esse carnaval profissional. Por isso que há 20 anos atrás nos criamos a bendita fila dos blocos e a partir de então começaram a surgir os camarotes, televisões, jornais, rádios transmitindo o carnaval do Campo Grande. Criamos o critérios de idade para a fila o Internacionais que é o mais velho sai primeiro na fila, o segundo mais velho é o Coruja, e assim sucessivamente. A iniciativa privada começou a investir a partir da organização e hoje temos mais de 700 empresas privadas entrando no carnaval e participando, umas com mais verbas e outras com menos verbas. Hoje temos a mídia do Brasil inteiro mostrando o carnaval de Salvador.(Metro1 e Holofoe do BN)