Salvador

CRISE DO HOSPITAL CLÉRISTON ANDRADE DE FEIRA PARECE NÃO TER FIM

VIDE
| 17/03/2012 às 16:07

Daniela Cardoso 

  Cerca de 90 funcionários, entre médicos, técnicos e assistentes administrativos, do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (16) em frente ao hospital, para cobrar pagamentos de salários atrasados. Eles afirmam que já estão com dois meses sem receber e reclamam da falta informações.    Fernanda, que trabalha no setor do ambulatório, contou que desde o mês de outubro está ocorrendo atrasos nos pagamentos dos salários dos funcionários do hospital. "Estamos com dois meses sem receber e quando procuramos a diretora do hospital ela diz que não tem posição. Nós não temos sindicato e estamos à toa", afirma. 

  Fernanda diz ainda que não sabe de quem é responsabilidade pelo pagamento. Ela afirmou que os funcionários foram contratados pela prefeitura, mas que desde outubro a diretora do hospital informou que a responsabilidade passaria a ser do Estado. A funcionária disse também que quando o pagamento era feito pelo município, os funcionários sempre recebiam sem atrasos.  

"Recebíamos sempre na data 25, mas desde outubro quando a responsabilidade passou para o estado vem ocorrendo esses problemas", afirmou.    Raquel, que também trabalha no ambulatório, relata os mesmos problemas. "Não temos uma posição de nenhuma das partes, continuamos recebendo o contra cheque e o vale transporte pela prefeitura e nós não sabemos de quem na verdade é responsabilidade, está realmente muito difícil. Prestamos nosso serviço com responsabilidade", contou.      A diretora do HGCA, Iraci Leite, negou que os salários estejam atrasados há dois meses. Ela explicou que esses trabalhares fazem parte de um convênio com os entes públicos entre o governo do estado e a prefeitura municipal de Feira de Santana.    "Temos aqui 94 trabalhares que na verdade recebem no mês de janeiro. No dia 5 de março fez um mês que eles receberam o último salário. Não tem dois meses de atraso", assegurou.   Iraci admitiu que houve atraso por conta da forma da mudança de pagamento. De acordo com ela, antes o repasse era feito diretamente do fundo nacional de saúde para o fundo municipal de saúde, mas de setembro para cá esse recurso passou a vim diretamente do fundo estadual de saúde para o fundo municipal.    "Essa foi a única coisa que mudou, o pagamento continua sendo executado pela Secretaria Municipal de Saúde depois que o Estado repassa o dinheiro", explicou.    A diretora do hospital informou que manteve contato com os gestores estaduais e que o recurso está sendo descentralizado. "Na verdade eles estão com um mês de salário vencido, sem pagamento, digamos 11 dias de atraso. Esperamos que isso seja regularizado o mais rápido possível e que seja definida uma data para que o pagamento seja executado".   As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade