Participarão do encontro também a Secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Politicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Silvany Euclênio; representantes de organizações da sociedade civil em defesa dos quilombolas de rio do Macaco, representações do governo da Bahia, parlamentares e de outros segmentos sociais.
A reunião no interior do território quilombola será um acontecimento histórico para a comunidade, pois é a primeira vez nos últimos 42 anos que a área será visitada por autoridades públicas. O período corresponde ao tempo da presença da Marinha na região, que impede o livre acesso ao local.
Na região reivindicada pela Marinha vivem pessoas centenárias, que ali nasceram e sempre viveram trabalhando na agricultura. Depois de sucessivos conflitos entre agricultores e a Força, a Marinha recorreu à Justiça para o despejo da área e passou a tomar medidas para inviabilizar a presença dos agricultores nos seus locais tradicionais: impedindo acesso à água, energia, moradia, educação enfim, os direitos humanos fundamentais passaram a ser flagrantemente desrespeitados.
A Audiência Pública desta segunda-feira será oportunidade ímpar para a construção do diálogo no sentido da resolução do impasse com a Marinha do Brasil. O estabelecimento do diálogo em busca da convivência pacífica e a garantia dos direitos dos agricultores são condições fundamentais para a solução do conflito.