Salvador

LÍDER DO MOVIMENTO DOS GREVISTAS É PRESO E ASSEMBLEIA É DESOCUPADA

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| 09/02/2012 às 07:02
Policiais militares deixam a Assembleia após acordo com Forças Armadas
Foto: Mateus Pereira

O líder dos policiais militares que estavam em greve desde o dia 31 de janeiro foi preso na manhã desta quinta-feira, em Salvador. Marco Prisco, que tinha contra ele um mandado de prisão, foi capturado após a decisão dos grevistas em terminar a ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), junto com outro líder do movimento, Antonio Angelini. Eles saíram pelos fundos do prédio, o que era uma exigência para que se entregassem.

Segundo o tenente-coronel Márcio Cunha do Exército, Prisco teria se entregado a homens da Polícia do Exército e da Polícia Federal e encaminhado ao batalhão da Polícia do Exército em Salvador. Cunha disse ainda que os outros 8 dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça serão cumpridos.


De acordo com um dos advogados dos manifestantes, Rogério Andrade, Prisco teria pedido uma saída discreta, evitando sair pela porta da frente da Assembleia, por onde os demais manifestantes deixaram o local.


O movimento teria enfraquecido após a divulgação de gravações telefônicas que revelaram a participação do líder em ações de vandalismo. Em trechos divulgados no Jornal Nacional desta quarta-feira, ele aparece ordenando que um homem bloqueie uma rodovia federal. "Eu vou queimar viatura... Eu vou queimar duas carretas agora na Rio-Bahia que não vai dar tempo...", afirma o interlocutor, ao que Prisco responde: "Fecha a BR aí meu irmão. Fecha a BR." Prisco nega ter participado de atos de violência.

De acordo com o advogado dos manifestantes, Prisco decidiu se entregar por conta da "inflexibilidade do governo para negociar" e com o objetivo de evitar um conflito armado. Andrade explica que a rendição inviabiliza a continuidade da greve. "Na teoria o movimento acabou, porque o comando é retirado do movimento, que está fragilizado", explica.