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Sindicalistas e outros do Desocupa foram até a Praça Municipal
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Uma passeata entre o Campo Grande e a praça municipal promovida hoje (1) à tarde pelo Movimento Desocupa. Sindicalistas, profissionais de diversas áreas, lideranças comunitárias, artistas, militantes de vários movimentos, estudantes - e uma representação da comunidade quilombola de rio do Macaco - portando faixas e cartazes levaram às ruas o grito de indignação dos soteropolitanos contra a crítica situação atual da cidade.
Gritando palavras de ordem e falando nos microfones dos carros de som, os ativistas fizeram protestos sobre várias questões, dentre elas a revogação imediata da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos), aprovada pela Câmara Municipal e sancionada no começo de janeiro por João.
Organizada através das redes sociais, a passeata é o terceiro evento de rua promovido pelo Movimento Desocupa nos últimos quinze dias. O movimento foi deflagrado em favor da desocupação da praça de Ondina pelo Camarote Salvador; e está galvanizando a indignação de amplas parcelas da cidade que não aceitam a privatização incessante do território e de outros bens públicos de Salvador.
A passeata contou com a presença de dois carros de som, fornecidos pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Água e Esgotos (Sindae-Bahia). Os carros de som conduziram a caminhada até a praça Castro Alves, onde alguns policiais tentaram impedir, sem êxito, a entrada dos veículos na praça.
Comunidade Quilombola Rio dos Macacos
Um dos movimentos sociais presentes à passeata foi a comunidade quilombola Rio dos Macacos. De acordo com a trabalhadora rural Rosemeire Silva, a manifestação desta quarta tem os mesmos interesses dos moradores da comunidade quilombola. "A nossa luta é uma só", relatou Rosemeire.
Ela explicou que a comunidade vive em clima de muita tensão, e que está ameaçada por uma ordem judicial de despejo, marcada para o próximo dia 4 de março. "Nós não somos invasores, a nossa comunidade vive na região há cerca de 200 anos", protesta. A área é disputada pela Marinha, que tem um condomínio residencial na vizinhança da área dos agricultores.
Rosemeire disse ainda que, por causa do conflito com a Marinha, os moradores estão sendo vítimas de diversas ações. "Eles [a Marinha] estão maltratando crianças e idosos, principalmente. Tem gente com mais de 100 anos sendo maltratado", denuncia