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Comandante da PM, Alfredo Castro, em nota, adverte para compromisso com a lei
Foto: DIV
(Matéria atualizada às 19h35min)
Cerca de 200 a 300 policiais militares acabaram de ocupar o saguão da Assembleia Legislativa e dizem que só saem de lá no dia 15 de fevereiro, na reabertura da Casa e quando o governador Wagner fará seu pronunciamento anual.
Os policiais chegaram em combio com carros e motos gritando palavras de ordem "ôôô a Policia parou". O clima é de tranquilidade porque a guarda da PM que toma conta do prédio nada pode fazer e o pessoal ocupa o saguão.
Os policiais reivindicam o cumprimento da lei 7.145 de 1997, com pagamento imediato da GAP V, incorporação da GAP V ao soldo, regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade, cumprimento da lei da anistia e a criação do código de ética, além da criação de uma comissão para discutir um plano de carreira para a categoria.
Os policiais e bombeiros reclamam que mesmo algumas questões já regulamentas pela lei não são cumpridas pelo estado. Durante a assembleia, um dos cartazes levados pelos PM dizia que o governo Wagner foi uma "traição" com a categoria. "Esse foi o governo em que mais morreram PMs", diz. Segundo a Aspra, a Rondesp já não está trabalhando e algumas companhias, como a 14ª CIPM (Lobato), também cruzam os braços. Já em Ilhéus e Feira de Santana os comandantes garantiram que não haverá greve, segundo a TV Bahia.
Ontem, o comando da PM assegurou em nota que as negociações continuavam e os serviços da Polícia Militar seguiam de forma normal. Assinada pelo comandante-geral da PM, Alfredo Braga de Castro, a nota diz que a instituição tem confiança no governo, que conta com "responsabilidade e compromisso da tropa de garantir a paz dos seus familiares, amigos e a sociedade como um todo".
(Matéria das 18h)
Nesse momento, policiais fazem uma manifestação nas ruas centrais de Salvador após assembleia realizada nesta terça-feira (31), quando a Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) anunciou o início de uma greve de parte do efetivo dos policiais.
O diretor jurídico da associação, Fábio Brito, comento sobre comentários do comandio da PM - de que o grupo não teria legitimidade para representar a categoria - e garantiu a paralisação das atividades. "Quem não representa são as outras instituições.
A Aspra é a única associação que deu origem a essa manifestação", afirmou. O deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) esteve no local e foi vaiado, mas minimizou o acontecimento. "A Aspra tem razão em estar irritada. A GAP [Gratificação de Atividade Policial] 5, por exemplo, foi instituída há 14 anos e nunca foi paga. Mas eu fui vaiado apenas pelos diretores da associação, que politizaram o grupo", relatou.
Duvida-se muito que essa instituição, sozinha, consiga paralisar as atividades da PM. O comando da corporação deve emitir uma nota à imprensa ainda hoje.