A organização da feira cultural realizada em Stella Maris se defrontou com um fato de extrema gravidade, infelizmente uma rotina na terceira capital do país, Salvador.

Interessada em promover grupos de teatro e música da periferia da cidade - a exemplo dos bairros de Pau da Lima e São Marcos - programou para Stella Maris um grupo bastante ativo e criativo das Cajazeiras, mas quase não pode oferecer o espetáculo ao público.

A localidade conhecida como Jaguaripe (Cajazeiras 10) próxima ao colégio estadual Leonor Calmon, vive sob estado de sítio e segundo um dos atores, todo dia entre as 18h e 20h acontecem tiros e ninguém sai de casa, ninguém entra.
 
Por força dessa "civilidade", a organização do evento foi obrigada a transferir a apresentação da peça, de sexta para domingo, depois de providenciar a mudança de alguns dos atores - maioria de adolescentes - para casas de parentes e vizinhos fora da área sob toque de recolher.

Na localidade já teve um módulo policial, depois de metralhado foi abandonado e os policiais sumiram; os que "visitam" a área são de outras companhias, para não haver reconhecimento. A comunidade acredita que uma UPP ajudaria a restabelecer a vida nas Cajazeiras.