Salvador

PLACA HOMENAGEIA DELEGADO ANTÔNIO DE MATOS NO HALL SEDE POLICIA CIVIL

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| 26/01/2012 às 19:07
Antonio de Matos Júnior e Bernardinho de Brito Filho no desceramento da placa
Foto: DIV
  "Não sei de ofício mais nobilitante. Não sei, por outro lado, de tarefa mais ingrata. Não sei de mister mais elevado. Não sei, também, de labor mais incompreendido. Não sei de labuta que exija maiores sacrifícios. Não sei, ao revés, de lida tão mal recompensada".  

   Esta definição sobre a Polícia, de autoria do criminalista Antônio de Matos - que ocupou, na década de 50 do século XX, o cargo de delegado auxiliar da instituição, o equivalente hoje ao delegado-geral - está, desde a manhã desta quinta-feira (26), numa placa colocada no hall de entrada do edifício-sede da Polícia Civil, na Praça da Piedade.


  Nas dependências do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) desde 1960, a placa foi transferida de local e descerrada pelo filho do homenageado, o também delegado Antônio de Matos Júnior, numa solenidade presidida pelo delegado-geral adjunto Bernardino Brito Filho e que contou com a presença de servidores policiais e administrativos.


  Atendendo determinação do delegado-geral Hélio Jorge Paixão, que qualifica as palavras do delegado Antônio de Matos como "inspiradoras e merecedoras de um local de destaque", a placa foi colocada na parte térrea do prédio, com o objetivo de dar mais visibilidade aos seus dizeres e para que todos, "que trabalhem ou visitem a Polícia Civil, possam ter conhecimento do que eles representam".

  Emocionado com este resgate, feito 52 anos depois da morte do seu pai, o delegado (e também jornalista) Antônio Matos, lotado atualmente na Assessoria de Comunicação Social da Secretaria da Segurança Pública, disse estar "eternamente agradecido" com a lembrança feita pela Polícia Civil, ao tempo em que destacou a postura do homenageado, "um homem de princípios e valores".

  CARREIRA

  Advogado criminalista, promotor público, estatístico, professor de Processo Penal da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia e de Criminologia das Academias da Polícia Civil e da Polícia Militar, autor, dentre outros títulos, do livro "Manual de Polícia", Antônio de Matos foi o primeiro delegado da 3ª Delegacia Territorial, na época sediada no Largo do Papagaio, e responsável pela criação do Serviço de Estatística da Secretaria da Segurança Pública, embrião da atual Coordenação de Documentação e Estatística Policial (Cedep) da Polícia Civil.  


  O delegado-geral adjunto Bernardino Brito afirmou, em seu discurso, que "jamais haverá geração para ofuscar o brilho do trabalho do delegado Antonio de Matos". A cerimônia, iniciada com a execução do Hino da Polícia Civil, por uma banda de música integrada por servidores policiais, foi encerrada com o Hino ao Senhor do Bonfim e com um café da manhã, nas dependências do Plantão Central.