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Protesto silencioso dos carroceiros, sem clientes, sem dinheiro, e com a ajuda do PP
Foto: BJÁ
Carroceiros fizeram um protesto silencioso no cortejo à lavagem do adro da Basílica do Bonfim, sem clientes nas carroças, sem ganhos, apesar do ato da presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargadora Telma Britto, a qual suspendeu ontem a liminar que proibia a participação de animais no Cortejo do Bonfim, através de uma ação requerida pelo Município de Salvador.
Na decisão, a presidente considerou: "A Lavagem do Bonfim com a participação dos equinos não traz qualquer desequilíbrio ao meio-ambiente e é, sem dúvida alguma, um exemplo típico de manifestaçãoi da cultura popular do povo baiano e, como tal, deve ser preservada pelo poder público"
Liminar cassada, a prefeitura municipal seguirá fiscalizando a festa com o cumprimento da lei em todas os setores.
O prefeito em exercício, Edvaldo Brito, declarou que "está havendo total confusão entre preservação do meio-ambiente com uma prática tradicional que em nada ofende a esse objetivo e, por, isso, cumprimento a Drª Telma Britto pela agilidade da Justiça na defesa dos interesses da Bahia". Neste momento, Brito já se dirige à Igreja da Conceição da Praia, onde participará do culto ecumênico, e em seguida irá caminhando até a Colina Sagrada.
PREJUIZOS
Os carroceiros que tinha um ganho extra-garantido na Lavagem perderam essa oportunidade desde que o MP proibiu a participação das carroças no cortejo, atingindo a parte mais pobre da população. Como a liminar da desembargadora Telma Brito só saíu na noite de quarta, os prejuizos foram enormes para esses profissionais.