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Bloco Bola Cheia com cordeiros sem quaisquer proteções
Foto: BJÁ
Vários blocos carnavalescos e grupos de samba participaram do cortejo à lavagem do adro da Basília do Senhor do Bonfim, alguns deles como o Bola Cheia, o Sina do Samba e outros, usando cordas e cordeiros pagos e transferindo essa prática abominável do Carnaval para uma festa popular que, se supõe, bem mais pacífica e ordeira do que o reinado de Momo.
Uma das pessoas que estava segurando corda no Bola Cheia disse ao BJÁ, em off, que estava recebendo R$40,00 para tarefa e mais um lanche e que o trabalho compensava porque seria só pela manhã. O curioso é que todos os cordeiros que estavam atuando na lavagem não usavam quaisquer proteções auriculares, luvas, bonés, nada. E portavam sandálias havaianas.
Outro detalhe foi que muitos grupos de samba e carnavalescos estavam usam estruturas semelhantes a trio-elétricos numa zoadeira infernal, prática que havia sido abolida no governo do prefeito Antonio Imbassahy. Houve até a participação de dois mini-trios o que abre um precedente para o retorno dos trios.
"Isso é um absurdo", disse um advogado conhecido do BJÁ e que preferiu o off, entendendo que a festa vira uma bagunça com esses grupos e perde toda a caracterização da fé religiosa.
O IV Arrastão Milionário levava uma enorme estrutura; o Moi de Cana, idem; Unesamba, Tomalira e outros.