A festividade começa com a novena que segue até o dia 14, sempre às 19h30. A exceção é 12 de janeiro, quando a Basílica fica fechada em virtude da lavagem do adro. Neste dia, ocortejo que sai da Igreja da Conceição da Praia, no bairro do Comércio e segue para o Bonfim será recebido com a benção proferida da janela da Basílica, pelo Pe. Edson Menezes.
A primeira sexta-feira do ano, ocasião em que os baianos costumam subir a colina sagrada para pedir bênçãos para o ano que se inicia, será durante as atividades da festa e haverá missa às 5h, 6h, 7h, 8h, 9h, 10h30, 12h, 14h, 15h e 17h. No dia festivo, 15, a programação tem início com a alvorada às 5h e segue com missas. Às 10h30, Dom Murilo Krieger, scj, celebra a Missa solene. Às 16h, os devotos se reúnem na Igreja dos Mares para a procissão dos Três Pedidos, que percorre o largo de Roma em direção ao Bonfim. Na chegada à Colina, os fiéis dão três voltas em torno da Basílica, fazendo três pedidos. Uma pregação e a benção do Santíssimo Sacramento encerram os festejos.
Sobre a festa do Bonfim - A novena, como é cantada hoje, começou em 1839, conforme consta no "livro de despesas" da Capela, do tesoureiro Francisco José da Costa Abreu. Foi composta pelo musicista baiano, Damião Barbosa de Araújo, nascido em Itaparica no ano de 1778 e falecido em 20/04/1856. Segundo consta nos anais da Devoção, Damião, exímio violinista, teve uma atuação primorosa, quando da chegada à Bahia de D. João VI, em 1808.
As atividades em louvor ao Senhor do Bonfim foram introduzidas, logo após a chegada da primeira imagem, em 1740, pelas mãos do Capitão de Mar e Guerra, o português Theodózio Rodrigues de Faria, quando pontificava na Igreja o Papa Bento XIV, sob o reinado em Portugal de D. João V, e governava a Colônia na Bahia o 5º vice-rei. André Melo e Castro, conde dos Galveias.
Pela Páscoa da Ressurreição do Senhor, em 18 de abril de 1745, com grande festividade e à sua custa, o Capitão devoto colocou a imagem para veneração dos fiéis na Capela de Nossa Senhora da Penha de França de Itapagipe. Naquela mesma solenidade, foi fundada uma irmandade de devotos leigos que, após eleição, passou a denominar-se "Devoção do Senhor do Bonfim". Os objetivos da Devoção que, entre outros, até hoje perduram, tinham como prioridade zelar e manter o culto ao Senhor do Bonfim, filho de Deus.
Espalhando o culto de fé e veneração e aumentando a afluência de fiéis, decidiu o Capitão, junto aos companheiros da Devoção, construir em definitivo uma Capela. Em 1746, foram iniciadas as obras. A sua arquitetura seguiu o modelo das igrejas portuguesas do século XVIII e XIX. No dia 24 de junho de 1754, após a conclusão das obras internas, foi transladada a sagrada imagem da Capela da Penha para a colina do Bonfim. Após a missa festiva, foi colocada a imagem no trono em um nicho, assim como a de N. Senhora da Guia, que o devoto Capitão houvera trazido de Portugal juntamente com o Senhor do Bonfim.
A data da celebração do Senhor do Bonfim já passou por diferentes períodos do ano, mas a partir de 1773, ficou afixada em janeiro, no segundo domingo depois da Festa de Reis.
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