Salvador

ADVOGADO PEDE HABEAS-CORPUS PARA SOLTAR MARCOS VALÉRIO PRESO NA BAHIA

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| 03/12/2011 às 15:24

O empresário Marcos Valério vai passar o fim de semana preso em cela especial na sede do Serviço de Polícia Interestadual (Polinter), no Complexo dos Barris, para onde foi transferido na noite de sexta-feira. O advogado mineiro Marcelo Leonardo, que defende o publicitário detido durante a Operação Terra do Nunca, disse que vai entrar com o pedido de habeas-corpus em seu favor na próxima segunda-feira. "Por enquanto é só isso que eu posso falar", disse ele, sobre a estratégia de defesa.

O publicitário mineiro foi preso em sua casa, em Belo Horizonte (MG), no início da manhã de sexta-feira, quando foi deflagrada a operação. Desembarcou sem algemas nos braços ou nas pernas em Salvador por volta das 16h num avião fretado pela polícia. No mesmo avião foram os publicitários Ramon Hollerbacher e Francisco Marcos Castilho Santos, e a empresária Margaretti Maria de Queiroz Freitas, também presos na operação.

O delegado baiano Adailton Adan, responsável pela transferência dos presos, disse que eles permaneceram calados durante a viagem. Valério só teria quebrado o silêncio para ironizar uma agente que o filmava durante o voo. "Quer um autógrafo meu também?", teria dito ele, segundo a policial.


Os quatro detidos foram conduzidos à sede da Coordenadoria de Operações Especiais da Polícia (COE), onde prestaram depoimento sobre as acusações de fraudes em registros públicos de imóveis, investigadas pela Operação Terra do Nunca. Eles se utilizaram do direito de permanecerem calados.

No início da noite, foram conduzidos no fundo de um camburão do COE para o Departamento de Polícia Técnica para exames de corpo de delito. Em seguida, Valério, Ramon e Marcos Castilho foram conduzidos à Polinter, e Margaretti ficará custodiada na Delegacia Especial de repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Derca), onde há local reservado para presas do sexo feminino.

"Eles estão presos de forma preventiva por tempo indeterminado", informou o diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), Edinei Macedo. O promotor do Ministério Público Carlo André Pereira, da promotoria de São Desidério, disse que vai oferecer denúncia contras os acusados dentro de um prazo de 15 dias. Eles devem responder por falsidade ideológica e de documentos, e formação de quadrilha.