Salvador

MULHER ACIONA POLICIA MILITAR PARA SER ATENDIDA EM HOSPITAL DE BRUMADO

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| 27/11/2011 às 14:12
Só quando a PM chegou foi que se tentou resolver o problema
Foto: Brumado Noticias
Pacientes na fila de espera e muito revoltados neste sábado (26) no Hospital Magalhães Neto (HMN) em Brumado.
 
"Estamos aqui desde as quatro da tarde e nada, nos disseram que o médico estava em uma emergência de um parto, e já são quase onze da noite, que parto é esse? E agora a minha esposa, tão idosa quanto eu, está ali com pressão alta, com vômito, diarréia, febre e dor de cabeça, e o médico ainda não apareceu", declarou indignado o patriarca José Silva. Situação difícil também para Lúcio da Silva Neves que levou o filho às pressas ao Hospital e, logo da recepção, teve a decepção.
 
"Não há médico, foi o que a moça me disse quando eu fui fazer a ficha, e agora o que faço? O meu filho está aqui dentro do carro com diarréia, vômito e dor de cabeça, mas o Hospital que se orgulha em dizer que tem saúde plena, não tem médico". A dona de casa Aparecida de Jesus sofreu um acidente doméstico e chegou numa cadeira de rodas, onde ficou no hospital das 15h00 às 23h00, sem o atendimento esperado. "Eu desloquei a bacia e estou sentindo muita dor, mas até agora nada de médico".

O operário Reinaldo Brito ficou muito irritado com a falta de atendimento. "Eles falam para gente não se automedicar, mas como nos é negado o atendimento médico, a gente volta pra casa e se arrisca tomando remédio por conta própria".

Já Salvadora Correia de Lima não suportou ver a filha queimando em febre, foi até a 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) prestar queixa, e só com a presença da polícia a criança foi atendida.

"Cheguei aqui desde as seis da tarde, a enfermeira mediu a temperatura da minha filha que já passava dos 38ºC de febre e ela só mandando a gente aguardar e nada de médico, aí ela mandou todo mundo ir embora dizendo que ninguém seria atendido, fiquei com muita raiva, por isso chamei a polícia, só assim para minha filha ser atendida". Uma enfermeira que não quis gravar entrevista declarou que o único médico que estava no hospital só iria atender os casos de maiores emergências. Com isso, muitos pacientes que ficaram impacientes retornaram para suas casas sem ter recebido o devido atendimento médico. (Brumado Noticias)