Salvador

AGENTES PENITENCIÁRIOS E SERVIDORES PARALISAM ATIVIDADES EM FEIRA

VIDE
| 31/10/2011 às 12:13

Agentes penitenciários  e servidores do Conjunto Penal de Feira de Santana, a 108 km de Salvador, paralisaram atividades na manhã desta segunda-feira, (31).


O ato se dá em protesto pela carência de servidores penitenciários na unidade e a superlotação de presos que vem acontecendo devido à interdição do Complexo Policial Investigador Bandeira, que ocorreu no último dia (18).

De acordo com o diretor do presídio, Edmundo Memeri, com o fechamento do Complexo, os presos flagrantiados e com mandatos de prisão estão sendo levados diretamente para o presídio. "Há dez dias que o presídio está  recebendo presos sem parar. Hoje já se soma 20 e a minha preocupação é que até o final do ano esse número aumente ainda mais", disse.


Para  Roquildes Ramos, a falta de agentes penitenciários  na unidade sempre  foi um problema que nunca teve solução. " Há muito tempo que fizemos propostas para  aumentar o efetivo da unidade, mas a secretaria nunca respondeu.  Com essa situação se já era difícil  os agentes realizarem suas tarefas,  agora o problema ficou ainda mais sério".


Devido a paralisação, o presídio só  está  procedendo com as tarefas de vigilância ostensiva. Quanto às atividades da área administrativa estão  suspensas, bem como todo tipo de atendimento externo, como visitas ou escolta de presos.

A unidade que foi projetada para atender 340 presos, hoje possui cerca de 800 confinados em nove pavilhões.

Interdição do Complexo - A medida foi solicitada pela Defensoria Pública da cidade após uma rebelião de presos no dia 23 de setembro. Na ocasião, três das quatro celas do complexo ficaram completamente destruídas.

O parecer foi dado pelo  juiz titular da Vara de Execuções Penais de Feira de Santana, Gustavo Hungria,  que  ao entender a falta de condições de funcionamento do complexo, determinou o fechamento da cadeia.