Preocupados com a redução do espaço (boxes) durante as obras de construção do novo estabelecimento, os permissionários do Mercado do Rio Vermelho (Ceasinha) começaram a distribuir nesta sexta-feira (7) uma carta aberta aos seus clientes informando que haverá demissão em massa e que muitos comerciantes irão à falência durante os 18 meses previstos pelo governo para a conclusão dos trabalhos.

"Cada box gera, em média, oito empregos diretos, e, se a redução se confirmar, os permissionários não
terão como manter este número. Isto geraria problemas de ordem social porque agravaria o desemprego em áreas sensíveis, como a Chapada do Rio Vermelho e o Nordeste de Amaralina, bairros onde residem muitas famílias que dependem da Ceasinha para sobreviver", diz um trecho da carta.

A reforma do novo mercado tem início previsto para janeiro do ano que vem. Durante as obras, todos os
cerca de 100 permissionários da Ceasinha serão deslocados para a loja da Cesta do Povo, que funciona ao lado do mercado. Segundo o governo, com exceção dos  comerciantes que trabalham com peixes e carnes (que terão boxes de 11 metros quadrados), todos os demais serão obrigados a relocar seus negócios em um espaço de 7,5 metros quadrados. Na próxima segunda-feira (10), representantes da Ebal
(que administra o mercado), Vigilância Sanitária, comerciantes, Sefaz e Sucom vão se reunir com a promotora Joseane Suzart (Defesa do Consumidor) para debater o problema. Atualmente, há boxes com mais de 50 metros quadrados na Ceasinha.