Um empresário do ramo automotivo foi encontrado morto em uma área de pasto na
noite de quarta-feira (5), na zona rural da cidade de Itamaraju, região sul da
Bahia. Segundo a polícia, o corpo de Antônio Marcos Rodrigues, conhecido como
‘Marquinhos da Camauto', de 33 anos, estava carbonizado nas imediações de uma
grande fazenda e foi reconhecido pela polícia e pela família através da cor da
pele, de características da aparência física e por objetos pessoais como
relógio, carteira e fardamento.
A vítima desapareceu por volta das 10h de terça-feira (4), após ter saído da
empresa onde trabalhava, na cidade vizinha de Teixeira de Freitas, para avaliar
um carro que teria sido recém-comprado por um suposto cliente, que é indicado
pela polícia como autor do crime.
"No mesmo dia, os dois foram vistos em uma loja de autopeças. Identificamos
vestimentas, altura e iniciamos diligências de forma ininterruptas, até
encontrarmos o carro no dia seguinte", informa o delegado Marcus Vinícius
Almeida Costa, coordenador da 8° Corpin (Coordenadoria Regional de Polícia do
Interior), responsável pela construção do inquérito.
De acordo com o delegado, o carro pertence a uma professora de 52 anos, que
teria sido pivô do crime. "Ela tinha um relacionamento extraconjugal com a
vítima e mantinha também um relacionamento, espécie de namoro, com o autor do
crime, durante quatro anos", afirma o delegado. Ele complementa que a pivô
ajudava o autor do crime financeiramente.
Diante dos fatos, o delegado relata que há indícios de crime passional, mas a
motivação ainda está sendo investigada. Na primeira linha, apontada pelo autor,
o crime teria sido praticado a mando de um vereador, mas o fato não foi
comprovado. "Ele imputou a um vereador, mas há boatos de que eles são desafetos
políticos, já que o autor é costumeiro candidato a vereador em Itamaraju. As
investigações não comprovaram isso", esclarece o delegado.
Dois homens foram identificados como fornecedores das armas para o crime. De
acordo com o delegado, eles alegaram que o suposto autor teria dito que estava
sendo ameaçado de morte.
O falso cliente está detido na Corpin e poderá responder por homicídio
qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão. O delegado afirma que
ele também deve responder por ocultação de cadáver, já que ele tentou destruir o
corpo com uso de combustível inflamado e deixando os restos mortais em local
ermo.