De acordo com o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alex Schramm, da divisão Baía de Todos-os-Santos, a polícia trabalha inicialmente com a hipótese de latrocínio (matar para roubar).
Segundo ele, parentes da vítima relataram que, pouco antes do crime, Rosa havia passado numa agência bancária, no Largo do Tanque, mas não conseguiu sacar o dinheiro. "Certamente, eles deviam estar observando a movimentação dela", avaliou.
A testemunha, uma jovem de 27 anos, cuja identidade foi preservada, contou a familiares que os criminosos pediram a bolsa da vítima, que entregou sem resistência, e, mesmo assim, acabou alvejada por um disparo fatal.
Segundo o vendedor Marcelo Pita, de 31, irmão da testemunha, Rosineide, conhecida como Rosa, havia passado na casa da nora momentos antes do ocorrido. De acordo com ele, as duas seguiam para o bairro São Caetano, onde Rosa pretendia ver um imóvel, no intuito de se mudar da residência atual, na Rua São Lourenço, que fica próxima ao local do crime. "Há menos de 15 dias, ela perdeu o marido, de quem gostava muito. Como a casa não lhe trazia boas recordações, ela queria mudar", informou.
O marido de Rosa teria morrido de causa natural, a caminho do hospital, devido a diabetes e problemas renais, informou o vendedor. Sem falar com a imprensa, um dos três filhos de Rosa foi ao local onde a mãe tombou, visivelmente indignado com crime. Vizinhos e moradores locais ficaram sensibilizados com a tragédia que se abateu sobre a família da comerciante. "É um baque que ninguém merece passar", lamentou Giselda Andrade, 50, que mora em frente ao bar de Rosa.(A TARDE)