Neste domingo, dia 02 de outubro de 2011, mais de 120 crianças de 07 a 12 anos estarão reunidas, mas não apenas para brincar. Desta vez, o assunto é sério - mesmo que tratado de maneira lúdica e divertida! Na Pré-Conferência Setorial de Cultura para a Infância - Voz e Vez da Criança, elas vão conversar, discutir e elaborar propostas que contemplem seus desejos e necessidades em relação à cultura.
Através deste evento, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia vai coletar propostas de crianças de diversas instituições públicas, privadas, Ongs e sociedade civil, inclusive de sem-terrinhas, que chegam a Salvador especialmente para este encontro, representando crianças da zona rural. Juntas, elas vão contribuir com a elaboração do Plano Estadual de Cultura, que agora passa a dar atenção especial também a estes pequenos cidadãos.
A iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia vai acontecer durante toda a manhã por iniciativa da única biblioteca infantil do estado, a Monteiro Lobato (no bairro de Nazaré), vinculada à Fundação Pedro Calmon/SECULT. Mas o evento conta também com o apoio de profissionais e especialistas em infância de outras instituições.
A abertura, por exemplo, vai ser realizada pela pesquisadora Lydia Hortélio, uma das mais respeitadas especialistas em cultura para a infância do Brasil, e de Maria Eugênia Millet, da Ong CRIA. "A experiência cultural estética na infância tem grande importância na formação do cidadão. Se quisermos verdadeiramente fazer justiça às crianças, teremos que desafiá-las em sua graça e poder, através de sua própria cultura", afirma Lydia.
Para a diretora da Monteiro Lobato, Rosane Rubim, que desde abril de 2009 está à frente da direção desta biblioteca, a Pré-Conferência Setorial de Cultura para a Infância - Voz e Vez da Criança tem entre seus objetivos estimular a criação de novos espaços que valorizem a brincadeira, o convívio familiar e a cultura da infância. "É importantíssimo estimular a participação infantil na construção democrática de ações que diminuam a exposição das crianças aos riscos sociais presentes em suas comunidades, assim como valorizar o ato de brincar, que está diretamente relacionado à qualidade de vida das crianças, devendo ser resgatado como principal meta das políticas públicas para a infância".