Para a prefeita Moema Gramacho, é preciso vencer o "trauma" do metrô de Salvador e acreditar que a implantação não precisa ser morosa. Para tanto, é necessário fazer as obras com várias frentes de trabalho simultaneamente. "Queremos que Lauro de Freitas seja contemplada até Portão, e vamos lutar por isso. Acreditamos que Zezéu, juntamente com o governador, vai atender ao nosso pleito".
Para complementar o sistema, o município vai inaugurar linhas de microônibus. Também está pronto o projeto de construção de 20 km de ciclovias no município, incluindo bicicletário, que será executado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). "Lauro de Freitas não é mais uma província. Portanto, precisamos pensar macro e de olho no futuro" - finalizou a prefeita.
Zezéu Ribeiro garante que o projeto será de caráter metropolitano, favorecendo Lauro de Freitas ao máximo, mas a viabilidade só será confirmada após estudos técnicos para averiguar o custo total. "Aqui você tem uma demanda que coincide com a minha vontade: eu quero levar o metrô até Portão". Para o presidente da Câmara de Vereadores, Antônio Rosalvo Neto, a demanda da Avenida Paralela inicia nesta localidade. "Não se pode pensar na melhoria do trânsito na capital sem tratar do Corredor Metropolitano" - defende ele. Além de beneficiar Salvador, o prolongamento do metrô até Portão, totalizando apenas 7 km em Lauro de Freitas, vai servir à população de quase 200 mil pessoas. Nos 22 quilômetros entre o Acesso Norte e Lauro de Freitas serão investidos R$ 2,4 bilhões.
O município, que é o mais próximo da capital, tem hoje cerca de 60 mil veículos, de acordo com o secretário municipal de Trânsito e Transporte, Paulo Araújo. "Este é um momento histórico para nossa cidade". Segundo ele, serão realizadas outras audiências no município para que as reivindicações sejam atendidas "da melhor forma para todos".
Estiveram presentes na audiência os vereadores de Lauro de Freitas, o vice-prefeito João Oliveira, o vereador de Salvador membro da Comissão de Transporte, Jorge Jambeiro, secretários municipais, empresários, moradores das diversas localidades, além de representantes das polícias, de ONGs, associações e movimentos sociais.