A mobilização de pais de alunos e do subúrbio ferroviário conta agora com o apoio do Ministério Público estadual em sua luta contra o fechamento das escolas de segundo grau da região.
O MP participou da reunião em Periperi, através da coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (Ceduc/MP-BA), promotora Terezinha Lobo, que se engajou na luta pela preservação dos estabelecimentos de ensino. À audiência compareceram expressivo número de professores, dirigentes de escolas e lideranças comunitárias.
Na sexta-feira, 23, às 15 horas, a bancada do subúrbio, composta pelos vereadores Alcindo Anunciação e Adriano Meirelles (PSL), Isnard Araújo (PR), Orlando Palhinha (PSB), Alfredo Mangueira (PMDB) e Giovanni Barreto (PT), fará uma visita aos colégios incluídos nos planos do Estado para encerrar atividades. O objetivo é verificar in loco a situação de cada um deles junto com a comunidade.
Para Olívia, fechar as unidades sob o argumento de pouca quantidade de alunos em qualquer uma delas não resolve o problema, pois os bairros da região necessitam, e muito, por exemplo, de cursos profissionalizantes. "É nessa direção que vamos conduzir as negociações com a Secretaria da Educação", adiantou a comunista.
INFRAÇÕES
Na plenária de terça-feira as lideranças comunitárias ressaltaram o descaso das autoridades com a Educação na região. "Aqui no Subúrbio é possível encontrar escolas que receberam equipamentos de custo elevado e de grande importância para a formação dos alunos abandonados em salas sem utilização, como é o caso de uma escola em Plataforma, onde computadores estão se perdendo porque não foram instalados", denunciou Eugênio Oliveira, morador da região.
Merenda escolar entregue de maneira fracionada, aulas suspensas por causa de constantes alagamentos nas salas, risco de desabamento dos prédios, falta de segurança e de professores, substituídos por estagiários, além da ameaça de desativação de unidades, foram outros problemas elencados.
A promotora Terezinha Lobo revelou ainda que a Prefeitura não está cumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a melhoria da infraestrutura das escolas, além de ser alvo de uma ação por irregularidades em licitações de obras. (Por Limiro Besnosib e Subúrbio News)