Salvador

LIDERANÇAS DO SUBÚRBIO REJEITAM PROPOSTA DA SEC EM FECHAR ESCOLA ACM

vide
| 22/09/2011 às 21:28
SEC diz que escola "ameaça vida dos alunos" e lideranças não acreditaram
Foto: Subúrbio Noticias
  Aconteceu nesta quinta-feira (22) uma reunião na Secretaria de Educação e Cultura do Estado, no Centro Administrativo da Bahia com o assessor Institucional e coordenador de Desenvolvimento de Educação Superior, Clóvis Caribé, o coordenador de Atendimento à Rede da Direc 1B, Sérgio Brachmans, professores e lideranças comunitárias para tratar do assunto do fechamento da Escola Estadual Antonio Carlos Magalhães, no Subúrbio Ferroviário.

Na reunião foi apresentado pelos professores e pelo assessor um fato novo que diz respeito as instalações elétricas e hidráulica do imóvel, que colocaria a vida dos alunos e professores em risco.

A secretaria chegou a afirmar que se as lideranças e professores assinassem um termo onde se comprometessem junto com o estado por qualquer problema que viesse acontecer eles permaneceriam com a escola aberta.

As lideranças não aceitaram e pediram que fosse realizado um estudo técnico da verdadeira situação estrutural do imóvel. E exigiram que todo o processo fosse acompanhado pelo Ministério Público da Bahia.

MOBILIZAÇÃO NO MP

A mobilização de pais de alunos e do subúrbio ferroviário conta agora com o apoio do Ministério Público estadual em sua luta contra o fechamento das escolas de segundo grau da região.


O MP participou da reunião em Periperi, através da coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (Ceduc/MP-BA), promotora Terezinha Lobo, que se engajou na luta pela preservação dos estabelecimentos de ensino. À audiência compareceram expressivo número de professores, dirigentes de escolas e lideranças comunitárias.


Na sexta-feira, 23, às 15 horas, a bancada do subúrbio, composta pelos vereadores Alcindo Anunciação e Adriano Meirelles (PSL), Isnard Araújo (PR), Orlando Palhinha (PSB), Alfredo Mangueira (PMDB) e Giovanni Barreto (PT), fará uma visita aos colégios incluídos nos planos do Estado para encerrar atividades. O objetivo é verificar in loco a situação de cada um deles junto com a comunidade.


Para Olívia, fechar as unidades sob o argumento de pouca quantidade de alunos em qualquer uma delas não resolve o problema, pois os bairros da região necessitam, e muito, por exemplo, de cursos profissionalizantes. "É nessa direção que vamos conduzir as negociações com a Secretaria da Educação", adiantou a comunista.


INFRAÇÕES


Na plenária de terça-feira as lideranças comunitárias ressaltaram o descaso das autoridades com a Educação na região. "Aqui no Subúrbio é possível encontrar escolas que receberam equipamentos de custo elevado e de grande importância para a formação dos alunos abandonados em salas sem utilização, como é o caso de uma escola em Plataforma, onde computadores estão se perdendo porque não foram instalados", denunciou Eugênio Oliveira, morador da região.

Merenda escolar entregue de maneira fracionada, aulas suspensas por causa de constantes alagamentos nas salas, risco de desabamento dos prédios, falta de segurança e de professores, substituídos por estagiários, além da ameaça de desativação de unidades, foram outros problemas elencados.


A promotora Terezinha Lobo revelou ainda que a Prefeitura não está cumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a melhoria da infraestrutura das escolas, além de ser alvo de uma ação por irregularidades em licitações de obras. (Por Limiro Besnosib e Subúrbio News)