A reunião entre a direção do Sindicato dos Rodoviários e o setor de Fiscalização da Transalvador, que estava marcada para esta sexta-feira (23), foi transferida para segunda (26), às 9h, na sede do órgão, nos Barris. A outra reunião agendada para terça-feira (27) com a participação do Setps está mantida.

A expectativa da categoria é que se encontre uma solução que ponha fim às multas consideradas injustas e ofereça melhores condições de trabalho. "Hoje faltam itens essenciais a qualquer trabalhador, como banheiros com um mínimo de condições nos finais de linha", enfatiza o diretor Financeiro do Sindicato Hélio Ferreira.  O diretor volta a afirmar que se não houver uma solução, as manifestações serão retomadas.

A categoria denuncia que a pressão exercida pelas empresas e fiscais da Prefeitura para o cumprimento da Carta Horária - tempo que um motorista tem para percorrer o trajeto estabelecido - é incompatível. "Se o motorista é flagrado queimando ponto leva multa. Se excede a carta-horária também é multado e corre o risco de ser demitido", relata o presidente Manoel Machado.

Outra situação que precisa ser resolvida - segundo Machado - é quando o motorista é multado nos semáforos que não têm temporizadores. "O semáforo vai do verde para o vermelho em questão de segundos. O ônibus de 17 metros de cumprimento, cheio de passageiros, não pode fazer uma freada brusca, é muito arriscado, e o que acontece é que a parte traseira do veículo é capturada pelos radares gerando multa que as empresas cobram no salário dos trabalhadores".

Para Machado, uma categoria que exerce uma função de tanta responsabilidade, transportando milhares de vidas diariamente, merece  melhores condições de trabalho e o cuidado com o excesso de focos de tensão. "Já temos o estresse da insegurança e do trânsito caótico. É preciso aliviar essa pressão da Carta Horária que gera multa. Imagine um pai de família receber o contracheque quase zerado no final do mês? questiona.