^{Roberta Costa}

Feira de Santana é a segunda maior cidade da Bahia e sede da mais nova região metropolitana. Conhecida também como a "Princesa do Sertão", Feira comemora hoje 178 anos com grandes avanços sociais, econômicos e culturais. A Fazenda recebia o nome de Santana dos Olhos D'água e ali passava a estrada das boiadas, onde passava-se com o gado que deveria ser vendido em Salvador, Cachoeira e Santo Amaro. 

Em março de 1833, Feira de Santana foi transformada em vila. A lei provincial nº 1.320, de 16 de junho de 1873, elevou a vila à categoria de cidade, como o nome de Comercial Cidade de Feira de Sant'Anna. Em 1957 Feira de Santana já havia sido batizada com esse nome.

Em 18 de setembro de 2011m Feira de Santana comemora seus 178 com algumas notícias que irão contribuir efetivamente para o desenvolvimento da cidade,como a revitalização do aeroporto João Durval Carneiro, podendo operar normalmente, fazendo vôos regulares e a implantação do campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia na cidade.

Mas, muita coisa ainda precisa ser feita pela nossa "princesa". O centro de abastecimento e o centro da cidade precisam de melhorias, impulsionando o comércio local.

^{Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade}

Feira de Santana no aspecto cultural, dispõe, dentre outros, do Centro de Cultura Amélio Amorim, o CUCA, o Centro de Cultura e Arte de Feira de Santana, do Museu de Arte Contemporânea, o Mercado de Arte Popular, o Museu Casa do Sertão, além do Centro de Cultura Maestro Miro e o criado Parque da Cidade. (E os feirenses ainda reclamam de falta de opção de lazer). Na época da implantação do CIS em Feira de Santana a feira livre foi considerada um componente de atraso para a cidade e que deveria ser banida do espaço publico. As críticas ao comércio informal eram ainda mais contundentes.

^{Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade}

Medieval; anti-higiênica; poluidora; incompatível com o grau de desenvolvimento de Feira de Santana, causadora da evasão de 50% das rendas; número crescente de feirantes e pouco espaço disponível; provocava engarrafamento de veículo e problemas para a circulação de pedestres; atraía ladrões; aumentava o número de roubos e furtos; as barracas tinham péssimo aspecto(...) péssimo cartão de visitas para o turismo, tornava "feia" a vida urbana de Feira de Santana(...)]

^{Foto: Ed Santos/Acorda Cidade}

A desvalorização da cultura regional e a vergonha que alguns feirenses sentiam (e sentem) em "beber" da cultura da terra, a crença de que para evoluir é necessário abrir mãos de valores, culturas, denota que, a população feirense não luta, não valoriza e/ou respeita a arte que sai de todos os cantos, bares, museus, parques, praças da cidade. O local não atrai. O importante é globalizar. É admirar o que é de fora. Assim seremos evoluídos?

Não. Nessa data, além de comemorar, devemos refazer os caminhos que nos trouxeram até aqui e buscar formas de contribuir para melhorias na nossa cidade. Não apenas evitando o antigo, mas mostrando como o novo e o velho podem se unir, melhorando a qualidade de vida de todos que moram nessa terra tão receptiva e hospitaleira.

Parabéns, Feira de Santana. Uma homenagem do Acorda Cidade