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Ana Bernadete Dantas conversa com equipe do HGRS
Foto: Berna Farias
Único na rede estadual com a infraestrutura de que dispõe, o Serviço de Atenção aos Portadores
de Feridas (SAPFe) do Hospital Geral Roberto Santos tem sido referência para
profissionais de outros hospitais baianos, que procuram conhecê-lo para
implantação ou adequação do modelo em suas unidades. Hoje (8), técnicos do
Hospital Manoel Victorino visitaram as instalações do Serviço e se informaram
sobre seu funcionamento. Trabalhos desenvolvidos pelo SAPFe já
foram apresentados em outros estados e também no exterior, como aconteceu em
Cuba, em maio deste ano.
"Nosso objetivo é montar um serviço semelhante no Hospital Manoel Victorino, ou adaptar para este
modelo a nossa Comissão de Curativos, coordenada por Ana Bernadete Dantas com
apoio da Gerência de Enfermagem", informou Gisele Vannucci, chefe do
Departamento de Enfermagem, que visitou o Hospital Roberto Santos em companhia
do assessor da Diretoria do HMV, Antonio Walter Luna. Os dois foram recebidos
pela coordenadora do SAPFe, a enfermeira estomaterapeuta Rita Machado, e pela
enfermeira Gemema Benedito, coordenadora do Serviço de Padronização da Diretoria
de Enfermagem do HGRS.
Rita Machado, que é membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Estomaterapia, explanou a estrutura do SAPFe em termos de logística de materiais, fluxos de
procedimentos e até de conhecimentos científicos necessários para uma atuação
segura dos profissionais junto aos pacientes. A atenção a portadores de feridas,
de forma específica, começou no ano 2000, mas só ganhou a estrutura de Serviço,
atuando de forma autônoma, em 2009. "Na rede hospitalar estadual, só o Hospital
Roberto Santos conta com essa estrutura", acrescentou.
Por sua característica única, o Serviço de Atenção aos Portadores de Feridas é muito
procurado não só por profissionais, principalmente os de enfermagem, mas por
estudantes e voluntários, que aprendem ali a cuidar de casos complexos,
adquirindo um conhecimento que a academia não tem condições de dar: o
conhecimento prático. A demanda também é grande por parte de profissionais de
outras unidades, para adequarem seus modelos de cuidado com portadores de
feridas. "Aqui já estiveram profissionais do Hospital Clériston Andrade (Feira
de Santana), Dom Rodrigo de Menezes (Salvador), Hospital Regional de Santo
Antonio de Jesus, Cedeba, Hemoba. Também já apresentamos nosso trabalho em
várias outras cidades da Bahia, de outros estados e outros países, que foi o
caso de Cuba", afirmou Rita Machado, que trabalha em parceria com uma enfermeira
assistencial, Rayne Alves.