Antecedendo o Grito, a Semana Social promove uma série de eventos para conscientizar e envolver as pessoas nas temáticas do Grito. Nas comunidades, associações de moradores e projetos sociais haverá atos públicos, celebrações especiais, seminários, cursos de reflexão, teatro, música e acampamentos.
De acordo com o vice-presidente da Ação Social Arquidiocesana (ASA), padre José Carlos Santos Silva, o Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo e aberta a grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. "O Grito é um espaço de participação livre e popular em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças", afirma.
Criado pelo Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com a finalidade de dar continuidade à Campanha da Fraternidade de 1995, cujo tema era Fraternidade e Excluídos, o Grito conta com diversos parceiros ligados ou não à Igreja Católica, na tentativa de transformar uma participação passiva em uma cidadania consciente. "O tema deste ano é um clamor que brota do coração de milhares de homens e mulheres que são vítimas da contradição evidente entre a compulsão do crescimento econômico e o consumo; das diferenças socioeconômicas; das crises agudas relacionadas ao empobrecimento dos ecossistemas, à vida e ao direito do ser humano. Outro fator é a ligação com a Campanha da Fraternidade, que trata, neste ano, do meio ambiente", assevera o padre José Carlos.