Salvador

BAR DE FOBA FECHA EM SERRINHA E DEIXA VELHOS BOÊMIOS SEM SUA POUSADA

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| 29/08/2011 às 21:24
Florisvaldo Freitas (Foba), em frente ao bar e com muita história para contar
Foto: BJÁ

   Depois de funcionar 28 anos initerruptos em frente ao Fórum Luis Viana Filho, em Serrinha, o Bar de Foba, reduto de serrinenses que residem em Salvador, de velhos amigos dos anos 1960/1970 e da boemia local, fechou as portas. Era o local que vendia a cerveja mais gelada da Serra e onde se sabia das fofocas políticas e da vida dos antigos moradores.

  Foba funcionava como uma espécie de repórter local. Sabia (e ainda sabe) tudo o que acontece na cidade e tem sua vida toda em Serrinha onde nasceu e sempre morou. Filho de Cícero Freitas, velho amigo de Nozinho, Lourinho, Bráulio Franco, padre Demócrito, Carlos Mota e outros, Foba se chama Florisvaldo Freitas e já foi bancário, boêmico e pequeno empresário.

  Hoje, aos 71 anos de idade, aposentado, ainda solteiro cobiçado, diz que não abrirá outro bar. Enfrentou uma longa disputa juridica com o dono da área onde funcionava seu bar, Didi Queiroz, e perdeu. Mas, ainda assim, vai recorrer da decisão judicial e interpor uma ação de reparação requerendo uma compensação pelas melhorias que fez no local.

  Os frequentadores do local pensam em fazer uma manifestação de apoio a Foba: os boêmios unidos jamais serão vencidos. 

   Grandes tertúlias alcoólicas e lítero-politicas aconteceram no Bar de Foba, algumas delas comandadas por Paulo Henrique, Bira de Zezito, Israel advogado, Israel empresário, Ferreinha e Cláudio Pimentel, Gatão, Tadeu Fiúza, Boca do Mundo, Fernando Lapa, Marcos Freitas, Guido, Ribeirinho, Freitinhas e tantos outros.

  Espaço que tem muita história, deixa saudades e é uma perda irreparável. (TF)