Uma maternidade em plena praça. Com muita irreverência, os servidores em educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) há mais de 80 dias em greve farão nesta sexta (26), na Praça Almeida Couto, em Nazaré, às 9h, um grande ato intitulado "Maternidade na Praça".
A atividade de greve é em defesa dos hospitais universitários, ameaçados de privatização através do PL 1749/2011, que prevê a criação de uma empresa para gerir as unidades universitárias de saúde. O PL tem votação prevista até o próximo dia 31 de agosto, no plenário da Câmara Federal.
Com o alerta estampado em camisas, carro de som, cartazes, pirulitos e faixas, os servidores vão protestar contra o PL 1749/11 que tem como proposta a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
"A nossa luta é pela manutenção da gestão dos hospitais universitários. Essa atribuição é das universidades públicas, e deve continuar com elas porque essas unidades realizam atendimentos de alta complexidade, pesquisa de ponta, e formação de profissionais na área de saúde. Por isso, estaremos colhendo assinaturas durante o ato para um abaixo assinado contra esse projeto que "amputa" a universidade", esclarece Cássia Virginia Maciel, coordenadora de Comunicação da ASSUFBA- Sindicato. As assinaturas colhidas em todo o país serão entregues aos parlamentares para que seja retirado do texto da pauta de votações do Congresso Nacional.
Greve
A greve nacional dos trabalhadores das universidades federais foi iniciada no dia 6 de junho, em defesa da campanha salarial 2011 com garantia de recursos para a carreira; contra o congelamento de salário por dez anos e contra a privatização do Hospital das Clinicas e Maternidade Climério de Oliveira.
"Estamos sem reajuste salarial já há um ano. Não dá mais para suportar essa situação. Temos o pior piso salarial do serviço público federal. É por este motivo que estamos lutando pelo piso de três salários e step (percentual de aumento de um nível para o outro) de 5%", enfatiza a dirigente.