Servidores das Universidades Federal da Bahia (UFBA) e do Recôncavo Baiano (UFRB) se reuniram em assembleia no prédio da Reitoria da UFBA, no Canela, na manhã desta quinta-feira (18) e seguiram em passeata em direção ao centro logo após a reunião.
Há 73 dias em greve, os funcionários tentam negociação com o governo sobre o reajuste do piso salarial para três salários mínimos, além do pagamento de 5% aumento de um nível para o outro.
De acordo com a coordenadora de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da UFBA/UFRB (Assufba), Cássia Virgínia Maciel, não há avanços na negociação com o Executivo. Segundo ela, o salário dos servidores na Bahia é o pior do Brasil.
"Está muito complicado porque o governo mantém a postura intransigente de não negociar e não apresenta um número para uma contra proposta. Até a justiça, que avalia nossa situação, diz que o nosso trabalho é indispensável, mas na hora de negociar, não há avanços. Apenas apontavam que, se a gente saísse da greve, sentariam para negociar ", explica.
No entanto, ainda segundo Cássia, a interrupção da greve é uma possibilidade temida pelos servidores. "As categorias que estão na mesa de negociação com o governo também não têm avanços. Isso cria uma insegurança muito grande, porque podemos sair da greve sem nenhum aumento", pondera.
Os servidores cobram ainda a capacitação profissional, adoção do regime de 30 horas semanais de carga horária e a realização de concursos. Além disso, eles se colocam contrários ao congelamento dos salários dos servidores e contra o Projeto de Lei 1749, que propõe a privatização dos hospitais públicos.
Institutos Federais - Além dos servidores técnico-administrativos da UFBA e da UFRB, servidores dos institutos federais da Bahia (IFBA e IF Baiano) também participam da assembleia. Eles estão em greve desde 1º de agosto e reivindicam, entre outras pautas, o reajuste salarial de 14,67%, correspondente à inflação somada ao PIB).
De acordo com o diretor do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Reinaldo Martins, há a reivindicação de que 10% do PIB nacional seja revertido para a educação.