Salvador

MOVIMENTO DOS PROFESSORES EM FEIRA ESTÁ DIVIDIDO COM AULAS E PROTESTO

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| 17/08/2011 às 14:02
Professores criticam Prefeitura de Feira por falta de plano de cargos e salários
Foto: Acorda Cidade
A paralisação de professores da rede municipal, articulada pela APLB para esta quarta-feira (17), não atingiu a totalidade das unidades de ensino. Muitas escolas mantiveram as atividades normais, inclusive com a realização de provas e participação de alunos em eventos extra-classe. A preocupação dos diretores é evitar prejuízos para o calendário escolar.


A Escola Municipal Demóstenes Alves de Brito, localizada no bairro Mangabeira, realizou na manhã de hoje a revisão para prova de ciências para os alunos da 4ª série. A vice-diretora Maria José Leal informa que os pais devem encaminhar seus filhos para a escola, pois as aulas estão sendo realizadas normalmente. "Os responsáveis foram avisados que nós não iríamos aderir à greve. Eles podem continuar vindo, pois não queremos atrasar o ano letivo", afirma.


Os alunos da Escola Municipal Faustino Dias Lima, situada no conjunto Feira VII, estão fazendo as provas da 7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.  Já os alunos das escolas Nilton Belas Vieira, no Parque Getúlio Vargas, e Doce Lar da Criança, no bairro João Paulo, foram visitar a 4ª edição da Feira Livro, que acontece até domingo (21) na Praça João Barbosa de Carvalho (Praça do Fórum).


Segundo a professora da Escola Nilton Belas Vieira, Jaçonia Bahia Silva, o funcionamento da unidade está normal após o feriado do Dia do Estudante, comemorado nesta segunda-feira (15). "Os professores não aceitaram aderir à greve. Precisamos pensar em nossos alunos que não devem ser prejudicados", ressalta.


A Creche Amparo da Criança, no bairro Mangabeira, também permanece funcionando normalmente. Para a diretora Nilza Maria de Oliveira, a paralisação prejudica a comunidade. "Os pais precisam trabalhar e não têm como deixar seus filhos em casa. A escola vem dar esse suporte e por isso nunca aderimos a greves", afirma.

Os professores da Escola João Paulo II, no bairro Queimadinha, também não concordam com a paralisação das aulas, pois acreditam que seja desnecessário no momento. A vice-diretora, Josecildes Pereira de Almeida, informa que após diversas reuniões internas a decisão foi manter as atividades normais.
 
"Avaliamos os objetivos da greve e decidimos em conjunto não paralisar para não atrasar o ano letivo", frisa.


O Governo Municipal investe em melhorias nas escolas da rede municipal e já recuperou mais de 40 unidades de ensino. Além da construção de outras três unidades escolares, fardamento escolar, aquisição de todo material didático e de limpeza para as unidades, adoção de programas de incentivo à leitura e auxílio ao aprendizado e distribuição.

MOVIMENTO PROFESSORES

De preto, com um caixão e vários cartazes, os professores da rede municipal de Feira de Santana realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (17) e fizeram um protesto na Câmara Municipal de Vereadores.   

Em seguida eles realizaram cortejo fúnebre simbolizando o  enterro da Educação, segundo eles, pelo mau uso das verbas e desvalorização do professor e de sua carreira.   A professora Vânia Morais disse que esta é a última estratégia dos professores em busca de melhorias. 

"Nos estamos aguardando desde o ano passado o plano de carreira e estamos enterrando a forma como os investimentos na educação estão sendo feitos", disse a professora ressaltando que enquanto algumas escolas são contempladas com grandes investimentos outras funcionam em situações precárias.    

Desde ontem (16), os professores paralisaram as atividades. O movimento vai até a próxima sexta-feira (19), quando haverá uma assembleia, às 9h, no restaurante killogril, para avaliar a paralisação.