Foi sepultada às 17h30 desta sexta-feira, 12, no cemitério municipal de Conceição do Coité, a ossada da engenheira ambiental Marleide Junqueira, 38 anos. Apesar de ter deixado Conceição do Coité,  há 22 anos, para morar em Camaçari e depois de formada mudar-se para Salvador, os familiares optaram por realizar o sepultamento na sua terra natal.

O enterro estava previsto para quinta-feira, mas foi adiado, segundo informações de Walter Dias, tio da engenheira e que teve um papel importante nesses onze meses atuando como porta voz da família, junto a polícia e a imprensa. Segundo ele não foi possível a liberação por parte do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML) porque a pericia "antropológica" estava pendente.

No final da manhã desta sexta-feira, a equipe do CN esteve no IML e manteve  contato com Walter que deu garantia que até o final da manhã estaria liberado. Por volta do meio dia, o caixão deixou o Nina Rodrigues direto para Conceição do Coité, e ao chegar á cidade, foi colocado para visitação, por pouco mais de uma hora na Primeira Igreja Batista, onde familiares e amigos foram fazer a despedida.O cortejo fúnebre deixou o templo com destino ao cemitério.

Antes de descer a sepultura, a emoção tomou conta dos tios, Acrísio, Walter e José. Walter disse que o culpado da morte da sobrinha não irá ficar impune. O principal acusado  é Antônio Luiz,  ex-namorado da engenheira, que esta detido mas nega as acusações.

Diante da grande repercussão do caso Marleide, que estava desaparecida desde o dia 21 de agosto de 2010, a imprensa da Bahia e do Brasil vinha divulgando, no momento do sepultamento três emissoras de televisão fazia a cobertura.

Há cerca de quinze dias foi encontrada uma ossada na Ilha de Itaparica, cujo resultado do exame de DNA deveria sair em trinta dias, mas antes disso, na quarta-feira, 10, saiu o relatório confirmando que a ossada era mesmo de Marleide.

  Texto e foto: Raimundo Mascarenhas