Salvador

CÂMARA VEREADORES DE SÃO DESIDÉRIO REJEITA PLANO DE EDUCAÇÃO MUNICIPAL

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| 13/08/2011 às 09:28
Câmara disse não à unanimidade ao plano de educação de São Desidério
Foto: SDMANIA
  (Por Célia Castro)

  Na quarta-feira, 10, professores concursados do município de São Desiderio, inclusive da zona rural, foram a sessão da Câmara municipal para acompanharem a discussão e possível votação, de um plano de carreira elaborado pelo poder executivo de forma ousada, desrespeitosa, e que ignora os direitos assegurados legalmente á classe educacional.

   De maneira pacífica, apartidária e democrática, os funcionários da educação apresentaram suas reivindicações através da diretora regional da APLB, Jacira Wanderley, que durante prováveis trinta minutos, fez uso da tribuna.

  "Elaboramos um projeto, passamos a secretária de educação, Kátia Alencar, todas as propostas, fizemos sempre questão da participação dela. A APLB, sindicato, esteve reunida com o prefeito, apresentamos as necessidades da categoria, imaginamos sermos atendidas, mas fomos surpreendidas com o envio de um plano do executivo totalmente contrário aos nossos direitos, sem antes termos a oportunidade de analisar seu conteúdo como foi combinado na reunião".
 
  Segundo Jacira, "procuramos Walter Santana, assessor jurídico da Prefeitura, ele nos disse que não teve permissão para se reunir antes conosco, e que toda conversa deveria acontecer com a secretária. Organizamos um seminário, para formulação do plano de carreira ideal á classe, convidamos a senhora Kátia, mas ela nos enviou um ofício dizendo que não iria participar, porque teria uma consulta no dentista".

  - A educação é a única categoria que tem lei própria e verba própria, os professores desta cidade ganham um salário de R$699,00, quando segundo a lei, não se deve pagar menos do piso nacional, o qual é de 1.187,00, outra irregularidade, é que no município, existem 510 professores ao todo, metade é contratada.

  - Trouxemos outro plano de carreira para os senhores vereadores analisarem que contém propostas nas quais realmente contemplam as necessidades da classe, constituídas com base na lei, completou Jacira.

   Por unanimidade, foi decidido pelos vereadores não colocar em votação o projeto do prefeito. O esperado era que apenas o vereador Bira (PT), fosse favorável ao apelo dos trabalhadores, mas, surpreendentemente, todos ainda prometeram agir com bom senso e a favor do que for melhor para os educadores.