A repórter fotográfica do Correio, Marina Silva, foi acusada de desacato durante a cobertura do assassinato de um militar em seu apartamento no bairro de Tancredo Neves, em Salvador.

O jornalista Ernesto Marques, vice-presidente da Associação Baiana de Imprensa, se manifestou em seu facebook pedindo a liberação da repórter.

"De fato, a colega errou e isso poderia até configurar desacato. Mas dai a manter uma jornalista entre criminosos à espera da hora em que o delegado possa fazer um termo circunstanciado é UM ABSURDO. Nós, jornalistas, especialmente a turma da reportagem, volta e meia cometemos excessos. Mas se a colega cometeu desacato, alguém está cometendo um outro crime, o de abuso de autoridade. Se não for esse outro ilícito, é pura falta de bom senso. Policiais e jornalistas, gostando-se ou não, sabem que não há alternativas: precisamos trabalhar com respeito mútuo.

A ABI cobrará formalmente à SSP - e eu me antecipo por aqui - explicações detalhadas sobre não apenas o alegado desacato, mas também sobre como a situação foi conduzida quando saiu das mãos do desacatado para a alçada de autoridade superior", afirmou Marques.