Representantes do Comando de Greve dos servidores municipais continuaram hoje (15) descumprindo a determinação judicial de permitir acesso aos funcionários que quisessem voltar ao trabalho e evitaram negociar qualquer proposta salarial da Prefeitura de Salvador (PMS).

Durante reunião na tarde dessa sexta-fera, a Comissão de Negociação da PMS ratificou a proposta de apresentar estudo para escalonamento dos repasses nos dois anos subseqüentes, mas os representantes do Sindicato dos Servidores de Salvador (Sindseps) insistiram em manter o impasse.

A Prefeitura esclarece que aceitou participar de reunião com os grevistas apesar do desrespeito dos mesmos à liminar que determinou a volta imediata ao trabalho. A proposta dos grevistas fere os princípios básicos da Lei de Responsabilidade Fiscal, cujas orientações a Prefeitura vem cumprindo com ações do contingenciamento de despesas e também ao formular a proposta aos servidores de aumento de R$ 30 milhões na folha salarial/ano, valor próximo ao limite prudencial previsto pela Lei.

Em função da manutenção dos piquetes, a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Seplag) informa que a folha de pagamento de julho ainda não começou a ser processada e que o atraso salarial será praticamente inevitável. A Prefeitura reitera ainda que com base no descumprimento da decisão judicial, os salários dos servidores que permanecem em greve sofrerão desconto dos dias parados, servindo como base de cálculo o dia 7 de julho, data do início da paralisação.