Segundo a polícia, Heydelberg Badaró Lima, 46 anos, tem um apartamento no Edifício Galera, prédio onde o estudante de psicologia foi encontrado morto a facadas na noite desta segunda-feira. Por ter respondido por um homicídio no Rio de Janeiro, a delegada Francineide Moura, responsável pelas investigações da morte do estudante, achou por bem ouvir Heydelberg. Porém, não há qualquer indício que ligue Heydelberg ao crime.
De acordo com informações do delegado Roberto César Nunes, titular da 16ª Delegacia, o "arrombador do Costa Azul", como ficou conhecido, estava tentando realizar um novo arrombamento em um Gol preto, desta vez no bairro do Caminho das Árvores, quando foi preso em flagrante por agentes da 35º Companhia Independente da Polícia Militar na Alameda dos Umbuzeiros, no Caminho das Árvores.
Histórico
Heydelberg chegou a ser detido pela polícia no dia 26 de abril, mas foi ouvido na 9ª Delegacia e liberado por não ter sido preso em flagrante e não haver mandado de prisão em seu nome.
Ele responde a quatro inquéritos e a um processo. Segundo a delegada Fernanda Porfírio, delegada titular da 9ª Delegacia (Boca do Rio), ele chegou a ter um mandado de prisão expedido por homicídio qualificado, mas segundo a Polinter existe um contramandado. Heydelberg foi condenado em 1997 pela morte por estrangulamento de Sheyla Cristina Cabral de Jesus, sua ex-companheira na época, e responde também por lesão corporal contra a atual mulher, Elaine da Cruz Silva.
Pela morte de Sheyla, ele foi condenado a 19 anos e libertado em 12, por bom comportamento.
Uma toalha com vestígios de sangue está entre o material coletado, por peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), na residência do estudante de Psicologia Isaac Souza Matos, 24 anos, assassinado ontem (11), dentro do apartamento, localizado no edifício Galera, na Avenida Otávio Mangabeira, bairro Corsário (Orla Marítima).
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o crime, tendo a equipe policial encontrado o corpo caído ao lado da cama, trajando apenas uma bermuda, e com ferimentos provocados por arma branca nas costas, tórax e próximo ao olho direito.
O assassinato do estudante foi comunicado à polícia pelo companheiro dele, o psicólogo cearense Gilmaro Nogueira, que prestou declarações à delegada Francineide Moura, do DHPP, bem como um vizinho do casal, que também teve acesso ao imóvel após o corpo de Isaac ter sido encontrado. Gilmaro não preservou o local do crime, vasculhado inclusive um guarda roupa, de onde foram subtraídos, segundo ele, dois computadores portáteis e uma mochila da vítima com certa quantia em dinheiro.
O companheiro de Isacc, que chegou ao apartamento por volta de 21h40min de ontem, informou à delegada que, ao se aproximar do corredor de acesso ao banheiro, percebeu manchas de sangue pelo chão e encontrou o estudante caído de costas no quarto. Acrescentou ainda que tentou acordá-lo, tendo em seguida mexido no guarda roupa, para verificar se algo havia sido roubado.
A equipe do SILC (Serviço de Investigação em Local de Crime) constatou, no chão do quarto e do banheiro, pegadas do provável autor do delito. Não havia sinais de arrombamento na porta de acesso ao apartamento nem sinais de luta corporal. A cama estava desarrumada, bem como toda a cena do crime, onde os policiais também acharam embalagem de um preservativo