Quatrocentos dos 1.132 contemplados com os apartamentos do Conjunto Dona Lindu, no Alto do Picuaia, construído com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida, participaram da reunião informativa pré-contratual, ontem (09), na Escola de Cadetes Mirins (Centro). Informações sobre o empreendimento, pagamento do financiamento, regras de convivência e modelo de gestão para administração do conjunto foram prestadas por uma equipe de técnicos da Caixa Econômica e prefeitura de Lauro de Freitas. Encerrada a fase de assinatura de contratos, Caixa e poder público permanecem com as reuniões, por um período de seis meses, até que todos beneficiários estejam cientes de seus direitos e deveres e devidamente inseridos nas novas moradias.
A feirante autônoma Adriana Santos (26), mal conseguia falar sobre a felicidade de adquirir casa própria. "É uma emoção tão grande sair da incerteza do aluguel e partir para uma coisa nossa", disse. Contudo, não faltaram palavras quando o assunto se relacionou às condições de convivência do conjunto habitacional. "Essa reunião aqui é muito boa, afinal tem pessoas que não tem noção das suas obrigações e direitos. Estão até dizendo que vão criar gato e cachorro. Antes cada um estava no seu canto e fazia o que queria, agora vamos ter que aprender a conviver de maneira coletiva", frisou.
A reunião foi considerada "de suma importância" pela secretária municipal de Assistência Social, Lourdes Lobo. Segundo ela, esses momentos vão servir para adquirir conhecimento, esclarecer dúvidas e, principalemente, tomar decisões. "Os beneficiários é que decidirão, depois de conhecerem as conveniências e inconveniências, se querem o formato de condomínio ou associação", informou. Além disso, a secretária comentou sobre o empenho da prefeitura em agregar demais serviços a localidade, no intuito de oferecer melhor qualidade de vida aos moradores. "A moradia não se resume a paredes, pressupõem outros serviços como saúde, escola, transporte, boas vias e iluminação. É desejo da prefeitura que esse imóvel se transforme num espaço de felicidade para essas pessoas", finalizou.
Foi à coordenadora do trabalho social da Caixa, Patrícia Brito, que prestou a maioria dos esclarecimentos. Ela fez questão de ressaltar que essa reunião é uma das regras do projeto, antes da assinatura do contrato. "É necessário que os contemplados tenham clareza do que vão assumir. Trata-se de uma política social que envolve prefeitura e governo. Existem regras que precisam ser cumpridas", assinalou. Ela destacou que na fase posterior às assinaturas estão previstas reuniões onde será dada maior ênfase à escolha do modelo de administração do conjunto habitacional, regras de convivência que incluem questões ambientais, de manutenção e conservação, além da articulação de políticas públicas que contemplem os novos moradores.