João Henrique ouviu o posicionamento dos representantes do movimento que compreende 39 bairros nas regiões do Subúrbio Ferroviário, Itapagipe, São Cristóvão e Mussurunga. "Quanto ao sistema de transporte, acho que vocês tomaram a atitude correta, no momento certo" destacou o prefeito, ressaltando que, a partir de estimativas de crescimento populacional da cidade, o BRT é viável por se tratar de um modal coletivo rápido. "Salvador recebe 150 novos moradores a cada dia, o que corresponde a cinco mil pessoas a mais por mês e a 60 mil novos moradores a cada ano", pontuou. "Portanto precisamos de um mecanismo de transporte que possibilite o deslocamento rápido dessas pessoas".
Para o representante da União dos Bairros, Joceval Tibúrcio, o BRT satisfaz as necessidades da população que mora nos bairros mais distantes do centro, por se tratar de um sistema de ônibus de alta capacidade que provê um serviço rápido, confortável, eficiente e de qualidade. O representante entende que o sistema, por se tratar da implantação de corredores exclusivos, possibilita a conexão direta entre pontos distantes da cidade, facilitando inclusive a interligação a outros modais como o metrô, bicicletas, trem e o transporte coletivo tradicional. "O corredor exclusivo é o único modal que privilegia as classes menos favorecidas, pois se trata da implantação de ônibus em corredores que podem trafegar com velocidade de até 80 km/h", observou Tibúrcio.
Na ocasião, os populares enfatizaram que João Henrique foi o primeiro prefeito a enfrentar, de fato, aspectos relativos à mobilidade urbana da capital, buscando a sua modernização. "Sabemos que há setores governamentais e empresariais que querem outros modais de transporte, mas nós conhecemos o projeto Salvador Capital Mundial que prevê as intervenções necessárias para o ordenamento da cidade, em médio e longo prazo e concordamos com as diretrizes do projeto", finalizou Tibúrcio.