Salvador

PREFEITURA DE ITABUNA SE MOBILIZA PARA COMBATER DOENÇA FALCIFORME

VIDE
| 12/06/2011 às 09:21
Encontro foi realizado na União Metropolitana de Educação
Foto: Pedro Augusto
  (Por Viviane Cabral)

  A Prefeitura de Itabuna através da secretaria de saúde do município realizou nesta semana, no auditório da União Metropolitana de Educação, um seminário sobre Doença Falciforme que marcou o lançamento da Campanha do Laço Laranja. O evento teve como mote chamar a atenção da sociedade itabunense quanto a conscientização da Doença Falciforme e o seu tratamento no Centro de Referência em Doenças Falciforme de Itabuna - Cerdofi.


A abertura do seminário foi realizada pelo secretário de saúde, Geraldo Magela que destacou a importância do encontro como alternativa eficaz para a socialização da Doença Falciforme no município, além de ampliar parcerias junto aos órgãos estaduais e federais. "O objetivo central é divulgar o trabalho que vem sendo feito pela secretaria municipal de saúde, através do Cerdofi e conquistar parcerias tanto do Ministério da Saúde, como do Governo do Estado, mesmo porque hoje só o município arca com as despesas acerca do Centro de Referência".


O encontro contou ainda com a participação de representantes de órgãos estaduais e federais, além de estudantes, o Movimento Negro e a sociedade civil que utilizaram um broche laranja, simbolizando a campanha, que será divulgada durante todo o mês de junho, com a participação dos profissionais de saúde da área de emergência. Além disso, nos próximos meses está prevista a capacitação dos professores no que diz respeito a educação de um aluno com a doença falciforme.


Após esse período, a campanha será retomada no dia 27 de outubro, em comemoração pela luta dos direitos dos pacientes com anemia falciforme, que também é marcado pela inauguração da unidade. Na oportunidade será lembrado o dia Mundial das Endomeopatias, comemorado no dia 8 de maio.


Mobilização


A coordenadora do Cerdofi e da campanha do Laço Laranja, Teresa Cristina Cardoso Fonseca ressaltou que a mobilização foi um meio para ‘tirar' a doença falciforme do anonimato e tornar conhecida pela população, já que além de representantes da saúde estão envolvidos a sociedade em geral.

"A doença falciforme é um grave problema de saúde pública na Bahia e tem que ser encarada como tal, e não é um problema apenas da saúde, ela envolve toda a parte social. Então, a sociedade em geral tem que estar consciente do que é a Doença Falciforme e como deve ser a atuação e a importância de ter conhecimento dela na região", enfatiza.

       
Para o diretor do Departamento de Alta e Média Complexidade, no município, Tiago Domingos Santos, o seminário foi altamente eficaz para conscientizar a população de que é uma doença passível de ser controlada, e que tem acompanhamento em Itabuna, com profissionais qualificados. "Então, na verdade o encontro foi importante para socializar a enfermidade e mostrar para a população que muitos não sabem que tem a doença falciforme, já que é de ordem genética", revela.


Dados

Durante o encontro, a coordenadora da Política Nacional de Atenção Integral as famílias com doença falciforme, do Ministério da Saúde, a doutora Joice Aragão destacou a situação atual da enfermidade no Brasil e na Bahia. De acordo com ela, a cada mil crianças nascidas no país, pelo menos uma nasce com a doença falciforme. Entre esses casos, o estado da Bahia é registrado com maior incidência, sendo um caso para cada 650 nascidos.

A coordenadora de enfermagem do Centro de Referência em Doenças Falciforme de Itabuna, Michelle Menezes revela que Itabuna, incluindo os municípios circunvizinhos possui 698 pacientes cadastrados, em acompanhamento na unidade, já de Itabuna são entre 325 a 327 pacientes com a doença genética.

Por conta disso, foi enfatizado ao longo do evento que o diagnóstico precoce é fundamental para detectar a anemia falciforme,que é feito através do teste do pezinho. "As mães devem levar o seu bebê até o quinto dia de vida para fazer o teste do pezinho, pois é uma das formas que a gente consegue diagnosticar a doença", declarou Michelle.

No final do seminário, os presentes participaram de uma mesa redonda, quando foi confeccionado um documento de compromisso e solicitações, com destino as autoridades municipais, estaduais e federais da área de saúde.