A decisão foi tomada em assembléia com maioria de comerciantes da Luiz Tarquínio - após pressões e prejuizos enormes do comércio local diante da medida adotada pela Prefeitura, no início do ano, da mão única.
Ficou definido ainda que a alteração terá caráter experimental e um prazo de implantação de 45 a 60 dias. De acordo com técnicos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), será necessário a realização de algumas obras e relocação de semáforos, os quais estão sem serventia.
"Foi uma decisão democrática. Convocamos a todos para opinar e votar; ouvimos comerciantes e moradores que decidiram por votação o retorno a mão dupla. Se ficar comprovado que a queda nas vendas foi causada pela mão única como argumentaram os lojistas, o sentido duplo será mantido", enfatiza a prefeita.
ALTERAÇÕES
A alteração no trânsito da Luiz Tarquínio Pontes vinha sendo solicitada a administração municipal desde 2005 por moradores de Vilas do Atlântico e alguns comerciantes que se sentiam prejudicados pelos engarrafamentos constantes, com reflexo em toda a região.
A implantação da mão única, em dezembro de 2010, foi precedida de amplo estudo de fluxo de veículos, de alternativas e de impacto no entorno, por empresa especializada. A prefeitura também realizou três audiências públicas amplamente divulgadas em carro de som, faixas e convites loja a loja, em que o sentido único foi aprovado.
"A mão única atendia a um pleito da população e só foi implementada após criteriosa avaliação técnica porque buscávamos o melhor para a população e vamos continuar visando o melhor", destaca a prefeita.
Mesmo entendendo que a medida correta é o sentido único, a prefeita revela que optou por atender ao pleito da maioria que preferiu continuar com os engarrafamentos do que prejudicar o comércio. "Uma vez estabelecida a mão dupla, resta comprovar se o comércio se recupera e se a mudança tinha, de fato, tanta interferência".
COMENTÁRIO
A análise que se faz, nós do BJá que estamos acompanhando este caso desde o inicio, é que, a via por mão única, apesar dos estudos e outras medidas adotadas pela Prefeitura foi um fiasco. Os engarrafamentos aumentaram, o comércio amargou prejuizos enormes, não há monitores de trânsito no local, os semáforos não funcionavam e os protestos foram muitos.
Felizmente, a prefeita, neste caso, teve o bom senso de, democraticamente, atender o desejo da população.
Os moradores de Vilas ainda aguardam uma decisão da prefeita em relação ao ponto de ônibus no final do bairro, uma espécie de estação rodoviária a céu aberto e que só beneficia as empresas, polui o Rio Sapato e representação uma agressão ao meio ambiente.