Como presidente do Bloco Afro Bankoma, que desfila há nove anos no circuito Osmar, carnaval de Salvador, desenvolvia, desde 1995, junto à comunidade de Portão, onde nasceu, diversas atividades sócio-culturais.
O espaço onde são oferecidas oficinas de tecelagem, confecção de instrumentos musicais e de adereços africanos, dança afro, capoeira entre outros, se tornou o Ponto de Cultura da Goméia, adotando o nome do terreiro onde é sediado - São Jorge Filho da Goméia.
O tata (título do sacerdote que não entra em transe) Raimundo Kasutemi era neto da Mãe Mirinha de Portão, importante líder do candomblé, falecida em 1989.
O presidente da Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu), Raimundo Nonato Konmannanjy, revelou que o Kasutemi se diferenciava por conseguir mediar conflitos com facilidade.
A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, esteve presente à despedida, para dar seu último adeus. Moema destacou o trabalho social liderado por Raimundo Nonato no Terreiro da Goméia e seu incentivo à cultura no município. "Era parceiro e um grande incentivador dos grupos culturais, dos projetos pela paz, das ações com jovens e adolescentes".