Salvador

FIÉIS LOUVAM SANTO ANTONIO EM TREZENA NO FORTE DO FAROL DA BARRA

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| 01/06/2011 às 20:24
Diácono Pedro Serra presidindo a trezena para Santo Antonio no Farol da Barra
Foto: BJÁ
  Dezenas de fiéis participaram na noite desta quarta-feira, 1º, da abertura da trezena para Santo Antonio no Forte de Santo Antonio do Farol da Barra, um dos monumentos mais importantes da arquitetura colonial portuguesa no Brasil. Celebrada pelo diácono Pedro Serra e organizada pela museóloga Rita Andrade, os e as fiéis ao santo portugues do medievo louvaram o taumaturgo e milagreiro das causas impossíveis.

  Santo Antonio tem uma das históricas mais interessantes da igreja católica do século XIII, justamente a época do florescimento da renascença e das cruzadas contra os albigenses e os islâmicos que ocupavam Jerusalém. Embora nascido em Portugal com o nome de Fernando de Bulhões, de uma família de posses, os Bulhões ou Buliones que vieram da França, estudou em Coimbra e fez fama e milagres na França e na Itália.

  Devoto de São Francisco, ordem que assumiu como pregador por determinação do prior Francisco, franciscano menor, Fernando incorporou o nome de frade Antonio, inspirado em Antonione de Bolonha, encerrou seus dias terrenos em Pádua onde estão suas relíquias mortais. Daí que, é mais mais conhecido como Santo Antonio de Pádua, Itália, do que Santo Antonio de Lisboa.

  Chegou ao Brasil com os franceses e sua imagem proveniente de Arguim, África, apareceu em Itapuã após um naufrágio sendo recolhida pela familia D'Ávila, a qual transportou-a para o convento de São Francisco, no centro histórico de Salvador.

  Foi soldado, sargento-mór (major) e tenente-coronel por determinação da Corte de Lisboa (Dom João V e Dom João VI) e os franciscanos recebem soldos correspondentes a essas patentes para ornar e ajudar no convento e no seu altar.

  Com o adverto da República, marechal Floriano, acabou com essa benesse. Mas, ainda hoje, passados 900 anos de sua morte é um santo muito querido e popular na Bahia, o santo casamenteiro, ele, coitado, que nunca teve prendas por mulheres. (tf)