Salvador

CORPO DO LIDER NEGRO ABDIAS NASCIMENTO FOI CREMADO NO RIO DE JANEIRO

VIDE
| 27/05/2011 às 15:20

O corpo do ativista do movimento negro Abdias do Nascimento foi cremado no início desta tarde no Rio de Janeiro. Segundo a administração do crematório, a cerimônia acabou às 13h30.

As cinzas do Abdias do Nascimento serão levadas para a Serra da Barriga, em Alagoas, local do maior centro da resistência negra no Brasil, o Quilombo dos Palmares.

Nascimento morreu às 22h50 de segunda-feira (23), aos 97 anos, no Hospital do Servidor do Rio de Janeiro. Ex-deputado, secretário estadual e senador, foi também pintor autodidata, escritor, jornalista, poeta e ator.

Tuca Vieira-11.jul.06/Folhapress
Lula em cerimônia de entrega de comenda a Abdias do Nascimento em julho de 2006.
Lula em cerimônia de entrega de comenda ao ativista negro Abdias do Nascimento em julho de 2006

Ele estava internado desde o dia 15 de abril e morreu de insuficiência cardíaca, segundo a assessoria de imprensa do hospital.

O velório do líder negro teve início às 18h15 desta quinta-feira, na Câmara Municipal de Vereadores do Rio de Janeiro. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Sérgio Cabral (RJ) estiveram no local. Também estiveram presentes no velório lideranças do movimento negro como a deputada federal e ex-governadora Benedita da Silva (PT-RJ).

Lula, que voou à capital fluminense exclusivamente para o velório, divulgou, por meio do site do Sindicato dos Jornalistas do Estado, uma nota de pesar pela morte de Nascimento.

Segundo o ex-presidente, Abdias "foi um lutador brilhante e incansável contra o racismo e por um Brasil melhor. Militante político, jornalista, professor, intelectual e artista, sua coragem e inteligência na defesa dos direitos e da autoestima dos afro-brasileiros são um exemplo e motivo de orgulho para todos nós. Nesse momento de dor, me solidarizo com sua esposa, Elisa Larkin Nascimento, com todos os parentes e amigos".

Várias entidades e autoridades divulgaram nota de pesar pela morte do ativista, entre eles, a presidente Dilma Rousseff, e a ONU (Organização das Nações Unidas).

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