Salvador

A CARGA DE URÂNIO ENTROU EM CAETITÉ: E AGORA ZÉ BARREIRA? É A QUESTÃO!

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| 24/05/2011 às 09:02
Estudantes na linha de protesto contra a carga de urânio e falta de transparência
Foto: Icaetité

Todo o impasse envolvendo a carga de urânio da INB, sem querer aqui, entrar no mérito do conteúdo da carga, trouxe à tona uma série de perguntas que vão se acumulando à outras já existentes,  e que talvez, nunca serão respondidas.

Voltando ao ano de 2.000, em plena campanha política, os carros de som e toda a campanha publicitária, inclusive a música  do então candidato a Prefeito Dácio Oliveira, apregoava a vinda da INB para Caetité, como um "grande feito" do candidato. Pergunta número 1, quem trouxe a INB para Caetité?

Outra jogada, até então não explicada, envolvendo ainda a INB, foi o fato do genro do prefeito da época, atual prefeito hoje, apesar de ter sido o 7º colocado no concurso, depois de uma tal entrevista, ultrapassou os candidatos que estavam na sua frente e ficou com a vaga.  Pergunta número 2, como explica a virada no resultado do concurso?

Os vazamentos de licor de urânio, inicialmente escondidos e depois de divulgados por funcionários, foram negados pela INB, foram posteriormente comprovados e ficou por isso mesmo. Pergunta número 3, a INB tem credibilidade no município?


A empresa sempre foi usada como cabide de emprego para o grupo que havia perdido a eleição em 2000 e que serviu de apoio para o grupo Darcista, empregando seus apadrinhados para manter a política de oposição a Ricardo Ladeia. Ainda em favor do grupo Darcista, a INB sempre foi patrocinadora da campanha do grupo e principalmente o carro-chefe para que seu funcionário chegasse a ser prefeito, o que representaria uma força da empresa no Poder Executivo. Pergunta número 4,  a INB investiu na campanha de Zé Barreira?


Bradada pela Rádio Educadora desde a quarta-feira dia 11/04 e publicada posteriormente neste site, dia 12/11, a INB foi exaustivamente convocada para dar explicações e ninguém apareceu na Rádio Educadora para tranqüilizar a população. Pergunta número 5, por quê, não deu uma satisfação ao povo?


Pergunta número 6, se toda a  cidade sabia, inclusive o tal assessor da Prefeitura é funcionário da Rádio que divulgou, o Prefeito, que inclusive faz parte do quadro de funcionários da INB não sabia do carregamento? E se sabia, por quê mentiu inicialmente nos microfones durante a manifestação? Ainda naquela noite ele alegou que havia uma autorização do IBAMA. Ou seja, o Prefeito sabia da autorização do IBAMA, mas não sabia da carga?


Dois dias depois ao impedimento da passagem da carga, já na terça-feira, no meio do povo, o Prefeito automaticamente, mudou de opinião, nos microfones, (para tentar impedir a vertiginosa queda de popularidade- se é que ainda tem alguma), disse que "Caetité não era lixão e que a carga não entrava no município". Pergunta número 7, o prefeito afirmou que a carga não entraria no município, a carga está onde agora?


Tentando desviar a atenção do povo, ou diminuir a crise de autoridade, o Prefeito e seus asseclas, começaram, utilizando as rádios oficiais da prefeitura, a divulgar que o fato era fruto de uma perseguição política. Pergunta número 8, perseguição de quem? Seu principal adversário, Dr. Ricardo, por acaso esteve na manifestação ou chegou a incitar a população para vaiar o Prefeito?

Ficando por aqui, para não adentrar em partes mais podres, o fato demonstra a fraqueza do prefeito de Caetité, que ficou o tempo todo dividido, entre agradar aos patrões da INB e não ficar de mal com o povo. O Prefeito esqueceu uma lição muito básica. Ninguém pode servir a dois senhores.


Tomara que as exigências estabelecidas pela Comissão sejam cumpridas, pois a Comissão agiu corretamente, primeiro porque conseguiu alguns avanços e depois, porque sabia que mais de 160 homens do batalhão de choque já estavam prontos para levar a carga para Caetité, pelo bem ou pelo mal, melhor não colocar a vida de ninguém em risco. E que senhora Santana, tenha piedade de nós.

Última pergunta: E agora Zé Barreira? (ICaetité)