O acordo foi referendado com a assinatura de um termo de referência com condições sobre o transporte e manipulação do material no município. A INB emitiu, também, uma nova "Comunicação de Operação de Transporte", documento necessário para o deslocamento de carga radioativa, que foi enviado aos órgãos envolvidos, inclusive ao IBAMA, comunicando a data do deslocamento da carga.
A estatal, ligada ao Ministério de Minas e Energia, alegou que esta informação será mantida em sigilo, em obediência ao Termo de Referencia sobre Controle da Atividade de Transporte de Materiais Radioativos no Brasil, assinado pelo Ibama e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), em 2008.
Para chegar ao acordo os membros da comissão, formada por representantes da igreja, prefeitura, câmara de vereadores, ONGs e sociedade civil, apresentaram condições, entre elas: presença da CNEN, Ibama, INB e do próprio grupo durante o processo de resolução e processamento da carga.
Condições - "A carga permanecerá lacrada até que sejam preenchidos todos os requisitos de segurança", diz o documento. Outra condição foi a de envio de um novo pedido de licença para manuseio do urânio no local, além de garantias de segurança aos trabalhadores. "A decisão foi a mais prudente, melhor para todos", declarou o presidente da INB, Alfredo Tranjan.
Em conversa com o comandante da unidade, Wilson Teixeira, a deputada registrou a necessidade de agilizar a retirada do material da cidade. "Queremos que o material siga o quanto antes para o seu destino onde poderá ser guardado em local adequado, cumprindo as normas de segurança, mas também é importante que haja uma melhor comunicação com a população para evitar distorções em relação ao fato e garantiir que as informações divulgadas estejam de acordo com a realidade, evitando boatos e pânico na região", afirmou.