Salvador

CAETITÉ EM ALERTA CONTRA LICO DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO

VIDE
| 15/05/2011 às 17:05

A Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité (Ba), a Comissão Pastoral da Terra e o Movimento Paulo Jackson - Ética, Justiça, Cidadania estão convocando as populações da região (Caetité, Lagoa Real e Livramento) para uma grande vigília contra o lixo atômico e em defesa da vida, logo mais, às 19:30h, na saída de Caetité para Maniaçu, onde funciona a unidade de mineração e beneficiamento de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

Antes cogitado para chegar na próxima semana, tudo indica que o comboio radioativo, possivelmente vindo de São Paulo, que chegaria à Bahia  na próxima semana, foi antecipado para hoje, revoltando a população local que está se mobilizando para rejeitar a carga nuclear, que deverá passar pela sede do município, rumo ao distrito de Maniaçu. Os sindicatos de trabalhadores do Rio de Janeiro e de Brumado estão questionando a insegurança com que este transporte está sendo feito e os riscos que isto representa para os trabalhadores, as populações e o meio ambiente.


Na última quinta-feira, a Rádio Educadora Santana de Caetité tratou do assunto, levantando a possibilidade da carga radioativa, ser a mesma que saiu da cidade de Poços de Caldas (MG), na década de 1990, destinada a São Paulo a ser utilizada pela Marinha Brasileira em um projeto de submarino nuclear.  Ainda segundo informações extra-oficiais, depois de usado no projeto, esse material ficou confinado em algum lugar da capital paulista (Interlagos?), até ser liberado para voltar a Poços de Caldas.


Em 2000, quando que a carga voltaria a Minas, o então governador, Itamar Franco, proibiu a entrada da carga radioativa no Estado, inclusive colocando um helicóptero para sobrevoar a área da INB, impedindo a entrada ou saída de caminhões com contêineres. Na quinta-feira passada, os microfones da Educadora de Caetité foram colocados à disposição da direção da INB e reservado o horário da sexta-feira para esclarecimentos, mas ninguém se pronunciou até o momento (http://www.icaetite.com.br/). 

Organizações e movimentos sociais e populares de Caetité enviaram por e-mail e telefone a mensagem, transcrita abaixo, com pedido de explicações e providências às autoridades federais, estaduais e municipais dos três Poderes: